A presidente da estatal depõe na Comissão de Assuntos Econômicos
Laryssa Borges, de Brasília VEJA NOTICIAS
A presidente da Petrobras, Graça Foster, durante audiência
no Senado para prestar esclarecimentos sobre denúncias envolvendo a
estatal
Governistas acreditam que, com depoimentos como o da presidente da estatal, podem adiar o início de funcionamento de uma CPI, de preferência até junho, quando o foco de atenção deve estar voltado para a Copa do Mundo, e não para o funcionamento do Congresso.
A presidente da Petrobras depõe na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado enquanto aliados do Palácio do Planalto e parlamentares de oposição discutem sobre a instalação da CPI. Além disso, a presença de Graça Foster no Congresso também se dá ao mesmo tempo em que senadores do PSDB tentam que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decida o foco de investigações da futura CPI.
Ela é relatora de dois mandados de segurança que questionam a abrangência das apurações do grupo de trabalho. Enquanto a oposição quer investigar apenas contratos firmados pela Petrobras, a base governista tenta emplacar também apurações sobre o cartel do metrô de São Paulo e possíveis irregularidades no Porto de Suape (PE).
A presidente Dilma Roussef comandava o Conselho de Administração da estatal na época da transação que levou à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e impôs à empresa, parceira da belga Astra Oil na operação, prejuízo de pelo menos 1,18 bilhão de dólares. A presidente culpa o ex-diretor de Área Internacional da estatal Nestor Cerveró como o responsável por um “parecer falho” que levou a petroleira a consolidar o negócio. Antes de começar a depor, a presidente da estatal encontrou-se reservadamente com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Cerveró havia pré-agendado ir à Câmara dos Deputados na quarta-feira. Deputados do PSDB que mantinham interlocução com o ex-diretor, porém, acreditam que ele foi “convencido” a permanecer calado e não deve mais prestar depoimento aos parlamentares. Cerveró chegou ao posto de diretoria na Petrobras após consulta ao senador petista Delcídio Amaral (PT-MS), embora tenha sido apadrinhado também pelo presidente Renan Calheiros.
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