Por Carlos
Maurício Mantiqueira
O seu
vizinho viajou para uma temporada de seis meses no exterior e deixou vazio o apartamento onde mora. Um parente que
tem a cópia da chave, resolve alugá-lo a um terceiro, sem a autorização do
dono, só por três meses.
Por
qualquer motivo, o dono resolve voltar mais cedo do que o previsto. Encontra o
apartamento ocupado por um estranho que lhe conta tê-lo alugado de boa fé.
Furioso,
o dono liga para o parente que lhe suplica ter um pouco de paciência, porque
afinal o apartamento ia ficar vazio.
Assim
agem os bancos.
Você
deposita seu dinheiro em conta-corrente “à vista” e o banco, sem sua
autorização, o empresta a terceiros. Se você decide sacar o dinheiro que é seu,
o banco cria dificuldades ilegais.
“Você
precisa avisar antes se for sacar mais de X reais. Afinal de contas estamos
desprevenidos !” ou “Você precisa preencher um formulário !” (mesmo que o valor
seja inferior ao fixado pelas autoridades para identificação de saques).
Como o
parente esperto, o banco embolsa o rendimento dos empréstimos a terceiros e
cria para você, depositante otário, uma séria de aborrecimentos.
Você
paga uma tarifa ao banco para manter a conta-corrente e recebe um serviço
desleal.
Carlos
Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário