José Riva foi preso na semana passada pela PF e solto após três dias.
Ele exerce o quinto mandato consecutivo de deputado estadual.
José Riva comentou sobre a prisão nesta segunda
Há algum tempo, o parlamentar tem alegado que não pretende disputar a reeleição. Inclusive, na eleição passada havia dito que iria abandonar a vida pública, o que não se cumpriu. "Em 2010, não queria me candidatar porque enfrentava situações adversas, mas, não só me elegi, como ajudei 15 deputados a se elegerem", disse, se referindo à prisão da mulher dele, Janete Riva, ex-secretária de Cultura do estado, durante a Operação Jurupari, sob acusação de crimes ambientais, em meados daquele ano eleitoral. Ele foi reeleito com maior número de votos no pleito.
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Mesmo depois de ter sido preso e, via de regra, estar com a imagem
desgastada, ele alega que ainda tem apoio, não só dos correligionários,
mas também dos adversários. "Assim que fui preso, liguei para a minha
mãe, que mora em Juara [690 km de Cuiabá], e falei para ela não ficar
preocupada. Ela me disse que alguns adversários tinham ido até a casa
dela para dizer que, agora sim, eu deveria me candidatar", enfatizou.Nos três dias em que esteve no Complexo da Papuda, em Brasília, a preocupação também, conforme o deputado, era em relação à família. "Quando saí, vi que minha família estava mais preparada que eu". Apesar da declaração, ele contou uma história da infância que o teria preparado para o 'pior'. "Já vivi situações muitos piores que essa. Quando tinha cinco anos, minhas mãos estavam cheia de calos de tanto carpinar, ajudando meu pai. E minha professora falou para o meu pai que eu era muito pequeno para trabalhar daquele jeito", citou.
Durante entrevista coletiva, o parlamentar alegou perseguição política, que, segundo ele, teria motivado a decretação da prisão a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). "Quem mentiu para causar um estrago tão grande desse na minha vida tem outros interesses", disse o deputado.
No comando
Praticamente desde que assumiu cadeira na Assembleia, o deputado se reveza nas cadeiras de presidente e vice-presidente da instituição. Desde então já foi acusado de uma série de crimes. Mas ele disse não se importar com o que as pessoas pensam sobre ele. "Confio em Deus e não ligo para o que as pessoas falam de mim. O que me preocupa é a forma como atendo as pessoas, respeitando as lideranças", disse o parlamentar, que nesta segunda já voltou a trabalhar normalmente no gabinete da presidência da Casa de Leis, embora esteja afastado do cargo há quase um ano por decisão da Justiça.
Essa permanência no gabinete da presidência e o fato de usufruir de todos os benefícios destinados ao presidente motivaram, em parte, a decretação da prisão do parlamentar. Sobre essas regalias, Riva disse que continuava no gabinete, pois teria sido afastado somente das funções administrativas e, desse modo, poderia permanecer no espaço e usando até mesmo o veículo oficial exclusivo para o transporte do presidente. "Posso despachar até no corredor, se for preciso", afirmou.
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