Categoria iniciou paralisação há quatro dias, após reajuste zero em salário.
Segundo sindicato, procedimentos eletivos serão adiados a partir de quarta.
O Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas
De acordo com o sindicato que representa a categoria, até terça-feira haverá discussões sobre a forma de mobilização nas unidades e a distribuição de dez mil cartas à população.
"A primeira fase é o trabalho de esclarecimento dos pacientes sobre os motivos da greve. Conversamos sobre a redução dos serviços e o impacto deve começar a partir de quarta. Os atendimentos de urgência e emergência não serão prejudicados", explicou o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) João Raimundo Mendonça Souza.
De acordo com o Cruesp, o reajuste zero nos salários ocorreu por causa do alto nível de comprometimento de orçamento com folha de pagamento, 104,22% na USP, 96,52% na Unicamp e 94,47% na Unesp. Funcionários e professores da USP iniciam greve nesta terça.
Expectativa
O G1 esteve no HC e no Caism na manhã desta segunda-feira e, segundo funcionários ouvidos pela reportagem, por enquanto não houve reflexos no atendimento. Um profissional que atua no setor de enfermagem adiantou que 40% da categoria será mobilizada nos próximos dias e isso irá provocar em demora no serviço. Já uma outra funcionária alegou que a paralisação é necessária para a conquista dos direitos. "Precisa ter greve ou então nada muda", criticou.
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De acordo com Souza, por enquanto o sindicato dos funcionários mantém
contato com representantes das diferentes áreas das unidades médicas.
Segundo ele, a adesão dos demais setores permanece em torno de 60% dos
funcionários. No campus localizado no distrito de Barão Geraldo, a
universidade mantém o Hospital de Clínicas, referência para ao menos 6
milhões de habitantes, em 38 cidades da região de Campinas.- Professores e funcionários decidem entrar em greve na Unicamp
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Pauta e greve de professores
Além de se manifestar contra o congelamento dos salários, os funcionários da universidade querem 10% de reajuste e carga de trabalho com máximo de 30 horas para quem atua no setor da saúde. Em ato que reuniu pelo menos 600 funcionários e alunos na semana passada, a categoria entrou uma pauta à reitoria para também reivindicar mais vagas em creches, redução no valor descontado do salário por conta do uso de ônibus fretado, além de melhorias no serviço, e também vale-alimentação para os aposentados.
Os professores da universidade, em assembleia na sede da Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp), decidiram iniciar greve a partir desta terça-feira (27). A instituição tem 18,3 mil alunos na graduação e outros 16,1 mil na pós-graduação, em 68 cursos. Na Unicamp trabalham 2 mil professores e também 7,8 mil técnicos administrativos.
O que diz a universidade
A assessoria de imprensa da Unicamp informou que as atividades de ensino, pesquisa e também nos hospitais "continuam normalmente". Em nota divulgada no dia 22, a universidade reiterou comunicado divulgado pelo Cruesp, onde ele informa que decidiu prorrogar a discussão da data-base dos profissionais para setembro e outubro deste ano.
"A Unicamp reitera o comunicado Nº 2/2014 do Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), emitido no último dia 21, nos seguintes termos: 'Com a confirmação da arrecadação efetiva do ICMS de abril, os níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento passaram a ser 95,42% na Unesp, 97,33% na Unicamp e 105,33% na USP, o que levou o Cruesp a prorrogar a discussão da data-base para setembro / outubro deste ano'.
'No entanto, consciente da importância de manter o poder aquisitivo dos salários e, ao mesmo tempo, preservar o necessário equilíbrio financeiro das três universidades, o Cruesp agendou com o Fórum das Seis reuniões mensais de acompanhamento da arrecadação do ICMS para avaliar a situação orçamentário-financeira', afirma a nota.
Ato de funcionários e alunos em campus da Unicamp, em Campinas
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