Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Brasil é o grande
perdedor antecipado da eleição presidencial de 2014. Se a situação vencer, tudo
pode ficar ainda pior. Se a “oposição” ganhar, as chances de mudança do quadro
atual parecem remotas. A conjuntura política e econômica é surreal. A classe
política brasileira, parceira da governança do crime organizado, não demonstra
interesse em mudar nosso modelo de Estado – arcaico, ineficiente, inchado e
corrompido. Assim, torna-se antecipada e previsível a derrota do ignorante
eleitorado brasileiro, obrigado a votar no modernoso cassino eleitoreiro das urnas
sem chance de auditoria por voto impresso.
As pesquisas
eleitorais divulgadas são absolutamente inconfiáveis. Ainda dá para acreditar,
um pouco mais, naquelas que não acabam divulgadas aos eleitores profanos.
Caríssimas e feitas para consumo dos marketeiros, na elaboração de políticas e
estratégias de campanha, os estudos sigilosos revelam um dado que coincide com
as enquetes divulgáveis para a massa. Um percentual de 65% a 70% exigem uma
mudança (imediata) do governo. Ou seja, a insatisfação com a gestão petista é
concreta e objetiva. Portanto, o PT e aliados só ganham a eleição na base da
falcatrua eletrônica.
“#Fora, petralhada!”
é uma possibilidade concreta. Mais pelo voto do que por qualquer outro golpe
institucional menos votado. Quem decide a eleição no Brasil é o poderio
econômico que controla o País de fora para dentro. A Oligarquia Financeira
Transnacional já manifestou, explicitamente, o desejo de trocar o PT. O
lamentável é que a substituição tende a ser na base do “seis pela meia dúzia”.
Os cavalos favoritos na disputa presidencial têm o patrocínio do mesmo “dono”.
Assim, não faz diferença tirar a mula sem cabeça, substituindo-a pelos nobres “puros-sangues”
social democrata ou socialista. O Brasil já sairá derrotado previamente do
páreo.
Não existe previsão
de mudança, após a eleição, do falido, improdutivo e corrupto modelo político e
econômico brasileiro. É mais fácil até o Brasil ganhar a guerra da Copa da Fifa
com o time meio envelhecido e sem experiência de grandes combates armado pelo
Felipão. O Brasil tende a continuar o mesmo – o que significa a desgraça das
tragédias. O sistema Capimunista – que varia entre o intervencionismo estatal,
o oportunismo empresarial e a hegemonia especulativa financeira – não sofrerá
alterações profundas.
Não há dúvidas de
que o País, as zelites e seu povinho continuarão subjugados pelos verdadeiros
poderosos de plantão: os “banqueiros” que lucram de maneira cada vez mais
recorde na parceria que gera a mais absurda dívida pública do planeta dos
macaquitos. No Brasil, os bancos não funcionam como bancos de verdade. Faturam
alto emprestando, a juros estratosféricos, o dinheiro que não é deles. No dia
em que tivermos bancos investindo o próprio dinheiro de seus acionistas – e não
a grana pública -, seremos outra Nação. Do jeito que a coisa vai, talvez isto aconteça
no Dia de São Nunca (30 de fevereiro).
Grupos empresariais
que se reúnem para analisar a conjuntura nunca produziram tanta confusão como
agora. As conclusões de recentes encontros – a cujo conteúdo o Alerta Total
teve acesso – são desanimadoras e indicam que os atuais paradigmas não
conseguem entender – e muito menos explicar – o fenômeno brasileiro. Todos
concordam que o Brasil cresce menos do que deveria, com inflação alta no
presente e no curto e no médio prazo, e com a máquina estatal desperdiçando
mais recursos que o normal. Mas não se chega a um consenso sobre a solução para
alterar o rumo do Titanic na direção do iceberg. Situação e Oposição nunca
foram tão parecidas, confusas e sem direção e sentido.
O “medinho” parece
ser a tendência mais perigosa do momento. Alguns empresários (em uma incômoda e
aparente “zona de conforto”) já fazem o discurso de que, “mesmo estando ruim,
parece melhor deixar como está”. Tal pensamento resulta e reflete a
contaminação do vírus petralha da marketagem em favor do continuísmo. Para
piorar a situação, falta clareza na mensagem alternativa da tal “oposição”.
Quem apresenta um projeto claro e objetivo realmente diferente do PT? Até
agora, ninguém. Quem fizer isto, mesmo que na base da promessa ilusionista,
vence a eleição.
Governar, depois,
será tarefa para o Tom Cruise na próxima edição do “Missão Impossível”. O
próximo governo terá grandes dificuldades com o aparelhamento que o PT e
comparsas fizeram da máquina federal. Como de costume, o fiel da balança será o
PMDB (governista para sempre, onde o governo estiver, tal como a rêmora que
aproveita os restos deixados pelo tubarão). A cúpula peemedebista é tão esperta
e pragmática que já se dividiu. Uma parte maior finge que continua aliada do
PT. Outra banda promove uma “traiçãozinha” na união instável com Aécio Neves.
Também podem pular no barquinho do Eduardo Campos (caso ele cresça nas
intenções de voto).
A eleição
presidencial de outubro, com grandes chances de decisão no segundo turno de
novembro, é a mais embolada desde 1989. A pouca diferença de propósitos entre
os candidatos é assustadora. Dilma Rousseff será fatalmente acuada pelas
denúncias de corrupção – que devem crescer em número, gênero e grau quando a
campanha esquentar. A esperança petista é que uma eventual vitória brasileira
na Copa do Mundo da Fifa ajude a iludir a torcida eleitoral, neutralizando as
broncas. O temor petista é que os protestos saiam de controle, e transformem a
competição em uma temporada de desgastes. Por isso, é altíssima a aposta no
triunfo da Seleção da CBF. O fato de Lula e Dilma negarem, sempre que podem,
que o resultado da Copa “pouco importa” é a prova do “medinho” deles.
Sem Vergonha do
Brasil?
O PT prossegue com
sua marketagem baseada na “estratégia do medo” – que pode ser uma tática
suicida. Em campanha reeleitoral escancarada, a Presidenta Dilma aproveitou
muito bem ontem o 17º Congresso da União da Juventude Socialista, entidade
dominada pelo PC do B, para repetir seu discurso de uma nota só. De imediato,
chutou a canela do ex-jogador Ronaldo (certamente induzido por seu patrocinador
Nike para pedir desculpas pela desorganização brasileira para a Copa). Dilma
repetiu o discurso ufanista de sempre, atirando: “O nosso país fará a Copa das
Copas. Não temos do que nos envergonhar. Não temos complexo de vira-lata”.
O “não” da Dilma,
psicologicamente, revela exatamente o contrário. Por isso, ele insistiu na
reedição do discurso reeleitoral que insufla o medo. Sem citar os nomes de seus
adversários Aécio, Eduardo ou Marina (tem petista na Rede insuflando-a tirar o
time de Campos e entrar na disputa), Dilma do Chefe mandou vários recados,
aproveitando a favorável plateia comunista: “Não deixaremos passar o atraso por
porta nenhuma”. Ou: “Os que querem voltar vão tomar medidas impopulares, como o
arrocho salarial, desemprego e recessão. Estamos aqui para dizer que não
voltarão!”.
Dilma é uma
Presidenta sem cabeça. Não tem vontade própria. Age por ordem dos marketeiros.
Obedece ao guru Lula – o Presidentro. Dilma é a suprema representante da
vanguarda do atraso. Seu principal adversário, Aécio Neves, tem a missão quase
impossível de mostrar que pode ser diferente de Dilma, para vencê-la, sem a
ajuda de outros subterfúgios menos votados.
O jogo está
escancarado. Dilma, com a máquina, tem chances remotas, apesar do desgaste. O
PT nunca entrou em uma disputa com tanto “medinho”. O PT continua tentando
vender a “teoria do fato consumado” – segundo a qual já ganhou a eleição. Tal
teoria é mais falsa que a nota de 1000 dólares com a efígie do Lula.
O triste é que a
disputa eleitoral no Brasil é uma corrida de resultado previsível rumo a um
modelo que não deve mudar. Sorte dos controladores globalitários. Azar nosso –
que não formulamos, claramente, um projeto para o Brasil!
Golaço contra do "Fenômeno"?
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Vida que segue... Ave
atque Vale! Fiquem com Deus.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 25 de Maio de 2014.
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