A máscara de Dilma Rousseff caiu
por terra junto com o seu tombo nas pesquisas. O que o país tem assistido nos
últimos dias é a Dilma real. Agressiva, destemperada e com frequentes rompantes
autoritários, exterioriza o que já era conhecido. Relatos sobre este perfil agressivo da
presidente proliferam nos bastidores da política e só não são denunciados pelos
jornalistas de plantão porque o acesso ao Palácio do Planalto só é franqueado a
quem cala e consente. É preciso ter crachá em Brasília para cobrir o Poder.
A verdade é que Dilma tem se mostrado
uma pessoa sem equilíbrio para enfrentar a crise de popularidade e o
aumento da rejeição dos eleitores, que já beira os 50%. Sendo um produto
de marketing desde que surgiu na
política pela mão de um construtor de postes, jamais poderia imaginar
que os seus truques
publicitários fossem descobertos pelos brasileiros. Até pelos mais
humildes, a
quem sempre manteve sob a ameaça constante do fim dos programas sociais.
Em permanente campanha eleitoral,
a crise de popularidade preocupa Dilma mais do que a crise econômica que
se
reflete nos protestos crescentes às vésperas da Copa do Mundo. Chega a
ser
ridículo a forma como o governo tenta esconder que o projeto Copa é um
fracasso
sob todos os aspectos. A maioria das obras não saiu do papel. Todos os
estádios e as raras obras de mobilidade urbana têm superfaturamento. Não
há legado. Os ganhos projetados minguam. E, principalmente, a maioria
do povo brasileiro
é contra a Copa. É esta maioria que elege presidentes.
Neste contexto, a declaração de
Ronaldo Fenômeno de que sentia vergonha de ser brasileiro, pela desorganização
da Copa, caiu como uma bomba dentro do Palácio do Planalto. Foi o que bastou
para que uma destrambelhada Dilma Rousseff tentasse cassar o direito de um
brasileiro, vocalizando o sentimento de milhões de compatriotas, de sentir
vergonha.
Para responder a declaração de Ronaldo
- "É uma pena. Eu me sinto envergonhado, porque é o meu país, o país que
eu amo, e a gente não podia estar passando essa imagem para fora" – Dilma atacou:
“Não temos por que nos envergonhar. E não temos o complexo de vira-latas, tão
bem caracterizado por Nelson Rodrigues, se referindo aos eternos pessimistas de
sempre".
Na sequência, Dilma Rousseff
retomou o discurso do medo, que hoje é o discurso do PT. Evocou, inclusive, os tais “espectros
fantasmagóricos” que querem voltar, sugerindo que fora do seu partido corrupto
e mensaleiro, da sua gestão incompetente e desastrosa, da sua falta de preparo
e de decoro para o exercício da Presidência, nada de bom pode existir.
Ao que tudo indica estes tristes
tempos estão findando. A cada quatro brasileiros, três querem mudança. Três em cada
quatro brasileiros querem ter de volta o seu direito a ter vergonha da Copa, da
corrupção, da mentira oficial. Três em cada quatro brasileiros estão com medo do
presente e não do futuro. É este sentimento que torna Dilma Rousseff mais
beligerante, mais terrorista, mais do menos que ela sempre foi.
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