terça-feira, 24 de junho de 2014

Bolsa Familia. De 2003 a 2012, a população brasileira aumentou em 25 milhões. Muito cuidado com as espertezas da numerologia petista no Minha Casa, Minha Vida.


Ontem ouvimos Dilma Rousseff declarar que acabou com o “apagão habitacional”, ao inaugurar mais um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida.  
Um alerta: não compre gato por lebre. Especialmente quando os números vêm dos gatunos do PT.

O programa Minha Casa, Minha Vida, segundo o governo, englobou, nas duas primeiras fases, 3,2 milhões de habitações para todas as faixas de renda. Isso é muito ou é pouco? Vamos aos números oficiais.

De 2003 a 2012, segundo o PNAD do IBGE, a população brasileira aumentou em 25 milhões e 210 mil habitantes.

Foram formadas mais 12 milhões 798 mil famílias neste período de 10 anos.

Sabem quantas casas foram construídas nesta década em todo o Brasil? 15 milhões 376 mil unidades habitacionais.

Aí o petralha diz: ahá, foram construídas mais 2 milhões 578 mil casas do que as famílias formadas!

Muita calma nessa hora. Das 15 milhões 376 mil residências construídas de 2003 a 2012, apenas 10 milhões 158 mil são próprias. Ou seja: 5 milhões 218 mil unidades foram destinadas para aluguel, cessão ou outras formas de ocupação. 

Por isso, é preciso ter muito cuidado com a numerologia safada da propaganda do PT. Até porque outro número é estarrecedor, quando se analisa com lupa a quantidade de famílias levantadas nestes dez anos pelo PNAD de IBGE.

Em 2003 (clique aqui e acesse o PNAD ), primeiro ano do PT no poder, existiam 51 milhões 560 mil famílias no Brasil. Destas, 11 milhões 310 mil eram compostas por população não economicamente ativa. Clique sobre a tabela e comprove.

Em 2012 (clique aqui e acesse o PNAD), o número de famílias chegou a 64 milhões 358 mil. Destas, 17 milhões 857 mil estavam enquadradas em população não economicamente ativa. Veja abaixo.

Conclusão: em 10 anos de PT, surgiram mais famílias não economicamente ativas (6 milhões 547 mil)  do que famílias inseridas no mercado de trabalho (6 milhões 254 mil). É o efeito nefasto da Bolsa Família. 

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