Ontem ouvimos Dilma Rousseff declarar que acabou com o “apagão
habitacional”, ao inaugurar mais um conjunto habitacional do Minha Casa,
Minha Vida.
Um alerta: não compre gato por lebre. Especialmente quando
os números vêm
dos gatunos do PT.
O programa Minha Casa, Minha Vida, segundo o governo, englobou, nas
duas primeiras fases, 3,2 milhões de habitações para todas as faixas de renda.
Isso é muito ou é pouco? Vamos aos números oficiais.
De 2003 a 2012, segundo o PNAD do IBGE, a população brasileira
aumentou em 25 milhões e 210 mil habitantes.
Foram formadas mais 12 milhões 798 mil famílias neste
período de 10 anos.
Sabem quantas casas foram construídas nesta década em todo o Brasil? 15 milhões 376
mil unidades habitacionais.
Aí o petralha diz: ahá, foram construídas mais 2 milhões 578
mil casas do que as famílias formadas!
Muita calma nessa hora. Das 15 milhões 376 mil residências
construídas de 2003 a 2012, apenas 10 milhões 158 mil são próprias. Ou seja: 5
milhões 218 mil unidades foram destinadas para aluguel, cessão ou outras formas de ocupação.
Por isso, é preciso ter muito cuidado com a numerologia
safada da propaganda do PT. Até porque outro número é estarrecedor,
quando se analisa com lupa a quantidade de famílias levantadas nestes
dez anos pelo PNAD de IBGE.
Em 2003 (clique aqui e acesse o PNAD ), primeiro ano do PT no poder, existiam 51 milhões 560 mil famílias no Brasil.
Destas, 11 milhões 310 mil eram compostas por população não economicamente
ativa. Clique sobre a tabela e comprove.
Em 2012 (clique aqui e acesse o PNAD), o número de famílias chegou a 64 milhões 358 mil. Destas, 17
milhões 857 mil estavam enquadradas em população não economicamente ativa. Veja abaixo.
Conclusão: em 10 anos de PT, surgiram mais famílias não
economicamente ativas (6 milhões 547 mil)
do que famílias inseridas no mercado de trabalho (6 milhões 254 mil). É o efeito
nefasto da Bolsa Família.
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