O manifestante Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, voltou a ser preso hoje no protesto na Avenida Paulista, informou o repórter Marcelo Mora.
O jovem foi detido em ato no dia da abertura da Copa, perto do Metrô Carrão, na Zona Leste.
Na ocasião, ele recebeu um jato de spray de pimenta nos olhos após estar rendido. Hoje, o manifestante relutou bastante antes de entrar em um carro descaracterizado da polícia. Não foi informado o motivo da prisão de hoje.
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2/06/2014 13h29 - Atualizado em 12/06/2014 14h11
Manifestante detido em ato contra a Copa afirma que PM foi truculenta
Rapaz foi atingido por balas de borracha e levado a DP, onde foi liberado.
Para defensor, prisão para averiguação foi medida usada na ditadura.
Manifestante foi ferido por balas de borracha
Imagens mostraram que Lusvarghi não dispersou como outros manifestantes e se colocou diante da polícia. Ele foi atingido por duas balas de borracha, detido pelos manifestantes e ainda recebeu spray nos olhos. O detido foi levado para base da PM no Centro Educacional Paulistano de Motociclistas (Cepam).
O confronto entre a Tropa de Choque e os cerca de 20 manifestantes terminou ainda com outros feridos. Duas jornalistas da rede americana CNN foram feridas por estilhaços, mas passam bem.
Segundo o defensor, Marques foi liberado logo após o registro do boletim. Antes disso ele passou pelo pronto-socorro para tratar os ferimentos.
"Essa parte que diz que o averiguado foi liberado após averiguação é emblemática até porque nossa Constituição veda qualquer tipo de prisão que não seja em flagrante delito ou por mandado judicial. É uma medida que foi muito utilizada na época da ditadura", afirmou. "É algo politicamente bem complicado."
Tumulto
Pouco depois da confusão inicial, a polícia voltou a jogar bombas para desbloquear a Rua Apucarana. Houve correria nas ruas laterais. Uma das bombas atingiu o pátio de um prédio residencial. Moradores do condomínio brigaram com os manifestantes.
Um manifestante, que foi revistado e liberado pela polícia, afirmou ao G1 que é contra a Copa porque o futebol é um esporte do povo e que está sendo elitizado. Ele comentou que o "ato foi muito mal organizado".
Estudante conta que caiu durante correria em confronto com a polícia
O ato contra a Copa foi convocado através de página no Facebook. O evento teve mais de 214 mil convidados e, até a manhã desta quinta, havia 10,2 mil confirmados. Pouco antes do tumulto, havia cerca de 20 manifestantes nas imediações da Estação Carrão.
Jornalista ferida
A jornalista e produtora Barbara Arvanitidis, da rede americana CNN, foi retirada em maca do local dos protestos. A Polícia Militar não informou o estado de saúde nem para onde ela foi socorrida.
Assistente de câmera do SBT também ficou ferido
por estilhaços de bomba em protesto.
por estilhaços de bomba em protesto.
Segundo reportagem da TV Globo, a repórter correspondente da CNN Shasta Darlington também ficou levemente ferida no protesto. Ela e Arvanitidis, que teve que ser retirada do local de maca, estavam na Rua Apucarana.
O assistente de câmera do SBT, Douglas Barbieri, também foi atingido por estilhaços de bomba. Ele foi ferido no rosto, mas segue trabalhando na cobertura do evento, com curativos.
Tatuapé
O confronto prosseguiu no Tatuapé. Manifestantes foram até a frente do Sindicato dos Metroviários, onde funcionários do Metrô protestavam. Os manifestantes atearam fogo a sacos de lixo e destruíram placas de sinalização e um telefone público. Houve confronto com a polícia.
Manifestante é detido pela polícia durante um protesto que tentou bloquear na Radial Leste, nos arredores da Estação Carrão da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo na manhã desta quinta-feira (12)
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