terça-feira, 24 de junho de 2014

Manifestante detido em ato contra a Copa e que afirmou que PM foi truculenta foi detido de novo.A familia que tome tome conta pois desse jeito ele vai acabar "sumindo".


O manifestante Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, voltou a ser preso hoje no protesto na Avenida Paulista, informou o repórter Marcelo Mora. 

O jovem foi detido em ato no dia da abertura da Copa, perto do Metrô Carrão, na Zona Leste. 

Na ocasião, ele recebeu um jato de spray de pimenta nos olhos após estar rendido. Hoje, o manifestante relutou bastante antes de entrar em um carro descaracterizado da polícia. Não foi informado o motivo da prisão de hoje.

veja a cobertura completa 



 2/06/2014 13h29 - Atualizado em 12/06/2014 14h11

Manifestante detido em ato contra a Copa afirma que PM foi truculenta

Rapaz foi atingido por balas de borracha e levado a DP, onde foi liberado.
Para defensor, prisão para averiguação foi medida usada na ditadura.

Do G1 São Paulo
O manifestante que se identificou como Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, detido durante manifestação na manhã desta quinta em São Paulo, afirmou que a polícia foi truculenta e que valeu a pena participar do confronto para derrubar o governo. "Foi muito rápido, quando vi já senti o impacto no peito".



Manifestante que se identificou como Rafael foi ferido por balas de borracha (Foto: Gustavo Petró/G1) 
 
Manifestante foi ferido por balas de borracha


Lusvarghi, que disse ser administrador de empresas, foi detido no protesto contra a Copa do Mundo realizado nas imediações do Metrô Carrão, na Zona Leste. A Polícia Militar agiu menos de dez minutos após o início da manifestação e avançou em direção aos manifestantes. Segundo a corporação, o objetivo foi impedir a ocupação da Radial Leste, importante avenida para acessar a Arena Corinthians. Foram usadas balas de borracha e bombas de gás e efeito moral.

Imagens mostraram que Lusvarghi não dispersou como outros manifestantes e se colocou diante da polícia. Ele foi atingido por duas balas de borracha, detido pelos manifestantes e ainda recebeu spray nos olhos. O detido foi levado para base da PM  no Centro Educacional Paulistano de Motociclistas (Cepam).

O confronto entre a Tropa de Choque e os cerca de 20 manifestantes terminou ainda com outros feridos. Duas jornalistas da rede americana CNN foram feridas por estilhaços, mas passam bem.

   
Segundo o defensor público Giancarlo Vay, o boletim de ocorrência cita que o policial que levou Rafael ao distrito narrou Rafael ficou à frente de uma multidão de populares gritando palavras de ordem contra a operação e o governo, instigando a desordem, e que, por esse motivo, foi retido para averiguação.

Segundo o defensor, Marques foi liberado logo após o registro do boletim. Antes disso ele passou pelo pronto-socorro para tratar os ferimentos.

"Essa parte que diz que o averiguado foi liberado após averiguação é emblemática até porque nossa Constituição veda qualquer tipo de prisão que não seja em flagrante delito ou por mandado judicial. É uma medida que foi muito utilizada na época da ditadura", afirmou. "É algo politicamente bem complicado."

Tumulto
Pouco depois da confusão inicial, a polícia voltou a jogar bombas para desbloquear a Rua Apucarana. Houve correria nas ruas laterais. Uma das bombas atingiu o pátio de um prédio residencial. Moradores do condomínio brigaram com os manifestantes.

Um manifestante, que foi revistado e liberado pela polícia, afirmou ao G1 que é contra a Copa porque o futebol é um esporte do povo e que está sendo elitizado. Ele comentou que o "ato foi muito mal organizado".

Estudante conta que caiu durante correria em confronto com a polícia (Foto: Darlan Alvarenga/G1) 
 
Estudante conta que caiu durante correria em  confronto com a polícia 
 
 
O estudante Luiz Gustavo, que participou do protesto, conta que caiu durante o tumulto com o avanço da tropa de choque. Segundo ele, o protesto foi interrompido a força pela polícia ainda antes de qualquer iniciativa de avanço do grupo para a Radial Leste. "A gente nem tentou [avançar para a avenida]. No que fomos nós reunir para conversar com eles, tacaram a primeira bomba e já foram para cima", disse.

O ato contra a Copa foi convocado através de página no Facebook. O evento teve mais de 214 mil convidados e, até a manhã desta quinta, havia 10,2 mil confirmados. Pouco antes do tumulto, havia cerca de 20 manifestantes nas imediações da Estação Carrão.

Jornalista ferida

A jornalista e produtora Barbara Arvanitidis, da rede americana CNN, foi retirada em maca do local dos protestos. A Polícia Militar não informou o estado de saúde nem para onde ela foi socorrida.

Assistente de câmera do SBT também ficou ferido por estilhaços de bomba em protesto (Foto: Darlan Alvarenga/G1) 
Assistente de câmera do SBT também ficou ferido
por estilhaços de bomba em protesto.

De acordo com uma mensagem postada na rede social Instagram pelo correspondente esportivo e âncora da CNN Alex Thomas, a produtora Barbara Arvanitidis pode ter quebrado o braço. Ela foi atingida por estilhaços de bomba de efeito moral.

Segundo reportagem da TV Globo, a repórter correspondente da CNN Shasta Darlington também ficou levemente ferida no protesto. Ela e Arvanitidis, que teve que ser retirada do local de maca, estavam na Rua Apucarana.
O assistente de câmera do SBT, Douglas Barbieri, também foi atingido por estilhaços de bomba. Ele foi ferido no rosto, mas segue trabalhando na cobertura do evento, com curativos.
 
Tatuapé
O confronto prosseguiu no Tatuapé. Manifestantes foram até a frente do Sindicato dos Metroviários, onde funcionários do Metrô protestavam. Os manifestantes atearam fogo a sacos de lixo e destruíram placas de sinalização e um telefone público. Houve confronto com a polícia.


Mapa dos confrontos contra a Copa do Mundo (Foto: Editoria de Arte/G1)




Manifestante é detido pela polícia durante um protesto que tentou bloquear na Radial Leste, nos arredores da Estação Carrão da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo na manhã desta quinta-feira (12) (Foto: Robson Fernandjes/Estadão Conteúdo)Manifestante é detido pela polícia durante um protesto que tentou bloquear na Radial Leste, nos arredores da Estação Carrão da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo na manhã desta quinta-feira (12)
 

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