Os
idiotas e o subjornalismo dos áulicos — aqueles que jamais irão parar
na lista negra do PT, claro! — criaram mistificações às pencas sobre a
criação de empregos por causa da Copa do Mundo. O mês de maio, como
vocês viram (ler post anterior) foi o pior nessa área em 22 anos. Não
deveria ter havido uma explosão de empregos, às vésperas da Copa do
Mundo?
Se a
economia fosse outra, sim. Com os juros já na estratosfera, inflação em
alta e indústria na pindaíba, não existe Copa que faça milagre. Onze dos
12 setores industriais mais desempregaram do que empregaram — a única
exceção foi o químico, que nada tem a ver com a competição. O setor mais
virtuoso da economia, para não variar, foi o agronegócio, que é também o
mais perseguido: gerou 44.105 vagas.
Mas a Copa
não cria empregos? Cria alguns nas cidades-sede, mas o Brasil é um
pouco maior do que as 12 capitais que abrigam os jogos. Ora, ora… Vamos
pegar o caso de São Paulo, que sempre tem um peso importante nas
estatísticas.
Não tenho as contas, mas creio que a demanda maior pela
Copa não chega a compensar a desaceleração brutal que houve no chamado
“turismo de negócios”, que parou — e isso tem a ver com a estagnação da
economia brasileira, que, numa perspectiva ainda otimista, pode crescer
neste ano em torno de 1,5%. Isso quer dizer o óbvio: a Copa do Mundo não
tornou o governo Dilma mais competente ou ofereceu respostas para o que
resposta não tinha.
Este mês
de junho e o seguinte devem apresentar uma melhora na geração de
empregos, sobretudo por causa da contratação de mão de obra temporária
no setor de turismo. A questão é saber o que vai acontecer depois. E,
depois, não vai acontecer nada…
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