O candidato do PSDB à Presidência
da República, Aécio Neves, criticou duramente a proposta do governo federal de
criar o Sistema Único do Trabalho (SUT).
O tucano, que comentou sobre o assunto enquanto assistia ao jogo da seleção brasileira contra Camarões no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, disse que esta é mais uma "decisão autoritária" do governo, sem consulta ao trabalhador brasileiro.
O tucano, que comentou sobre o assunto enquanto assistia ao jogo da seleção brasileira contra Camarões no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, disse que esta é mais uma "decisão autoritária" do governo, sem consulta ao trabalhador brasileiro.
O posicionamento do tucano,
presidente da legenda, seguiu o tom do comunicado oficial divulgado pela
legenda nesta tarde na qual o PSDB acusa o governo Dilma de querer acabar com o
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
O projeto de acabar com o FAT e
trocá-lo pelo SUT não foi debatido com trabalhadores e empresários, "o
que, mais uma vez, demonstra a falta de apreço do PT pelo diálogo e pela
democracia", afirmou a sigla. "Com o novo sistema, trabalhadores e
empresários perderão voz nas discussões sobre políticas de trabalho e a
transparência na gestão dos recursos ficará ameaçada", diz a nota oficial.
"Já orientei a bancada do
PSDB a se opor a este gato autoritário do governo", disse Aécio, ao chegar
ao sindicato para assistir ao jogo, ao lado do presidente nacional do SDD,
deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho, além de outros líderes
sindicais.
Segundo Aécio, a proposta do governo Dilma retira do trabalhador suas principais conquistas, sobretudo o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). "Fui constituinte em 88 e o FAT é uma das grandes conquistas do trabalhador", frisou.
Segundo Aécio, a proposta do governo Dilma retira do trabalhador suas principais conquistas, sobretudo o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). "Fui constituinte em 88 e o FAT é uma das grandes conquistas do trabalhador", frisou.
SUT. O governo Dilma Rousseff tem
um projeto de lei pronto que altera toda a estrutura institucional da área
trabalhista federal. Pela minuta do projeto, o governo altera o Fundo de Amparo
ao Trabalhador (FAT), criado com a Constituição, que passará a ser chamado de
Fundo Nacional do Trabalho (FNT) e será blindado das desonerações tributárias
aplicadas pelo Ministério da Fazenda.
Responsável pelo pagamento do
seguro-desemprego, do abono salarial e da qualificação da mão de obra, o fundo
tem registrado déficits bilionários diante da queda de arrecadação e das
despesas crescentes.
O governo vai criar o Sistema Único do Trabalho (SUT), instituir a criação de 27 conselhos estaduais do trabalho, além de conselhos municipais. O SUT será encarregado de elaborar as políticas públicas de emprego, fiscalizar as práticas de trabalho escravo e terá como braço financeiro o FNT (sucessor do FAT), que pagará pelas despesas do seguro-desemprego, o abono salarial e a qualificação profissional.
Além disso, o FNT continuará transferindo 40% de suas receitas para o BNDES. (Estadão)
O governo vai criar o Sistema Único do Trabalho (SUT), instituir a criação de 27 conselhos estaduais do trabalho, além de conselhos municipais. O SUT será encarregado de elaborar as políticas públicas de emprego, fiscalizar as práticas de trabalho escravo e terá como braço financeiro o FNT (sucessor do FAT), que pagará pelas despesas do seguro-desemprego, o abono salarial e a qualificação profissional.
Além disso, o FNT continuará transferindo 40% de suas receitas para o BNDES. (Estadão)
PROBLEMAS DO FAT SÃO CULPA DO GOVERNO, NÃO DOS TRABALHADORES
Após um rombo recorde de R$ 10,4
bilhões registrado em 2013, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), de
onde
saem os recursos para o pagamento do seguro-desemprego e do abono
salarial dos
brasileiros, precisará de aportes bilionários de recursos em 2014 ( R$
13 bilhões) e em 2015 (R$ 16,2 bilhões) para manter o "equilíbrio
orçamentário".
O responsável é o governo federal
que faz retenções de receitas do FAT pela DRU [Desvinculação de Recursos da União]
e pelas desonerações [do PIS/PASEP]. O
Tesouro está ficando com os recursos do FAT. Em 2013, a DRU retirou R$ 13
bilhões do FAT.
O patrimônio do FAT era de R$
209,7 bilhões no final de 2013. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) vem realizando empréstimos bilionários junto ao FAT, além de reter parte das
receitas do fundo que, constitucionalmente, deve ir para o BNDES financiar
projetos de infraestrutura. Isto enfraqueceu o FAT.
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