Helena Mader
07/04/2014 21:33
A Câmara Legislativa reabriu processo de cassação contra Benedito |
O deputado distrital Benedito Domingos (PP) foi condenado em uma ação de improbidade administrativa e terá que devolver, com o ex-secretário de Esporte Wagner Marques e a Federação Brasiliense de Futebol, R$ 600 mil aos cofres públicos.
Wagner e Benedito, que à época dos fatos era
governador interino de Brasília, são acusados de irregularidades no
repasse de recursos do GDF para a entidade.
A decisão é de primeira
instância, e os réus vão recorrer. Os efeitos da sentença ficam
suspensos até a decisão em segunda instância. Flávio Raupp Fonseca,
Agrício Braga e Marco Aurélio da Costa Guedes trabalharam na secretaria
depois do convênio e deram continuidade aos repasses. Os três também
foram condenados na ação de improbidade.
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Em dezembro de 1999, a Federação
Brasiliense de Futebol encaminhou ao governo pedido de apoio financeiro
para um projeto cujo objetivo era estimular o crescimento do público
presente nos estádios durante o campeonato local.
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De acordo com a
denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Wagner
Marques, que era secretário de Esporte, “por sua própria conta e sem
consulta prévia à consultoria jurídica, declarou a inexigibilidade do
processo licitatório e autorizou a emissão de empenho em favor da
Federação Brasiliense de Futebol no total de R$ 600 mil”.
Três meses
depois, Benedito Domingos, que estava como governador interino do
Distrito Federal, ratificou a inexigibilidade da licitação. Os repasses
foram realizados em cinco parcelas de R$ 120 mil, entre março e julho de
2000.
A juíza Keila Cristina de Lima Alencar Ribeiro, da 5ª Vara da Fazenda Pública, viu irregularidades na liberação dos recursos à Federação Brasiliense de Futebol. “É fácil perceber que o objetivo realmente perseguido com a celebração do convênio em exame não era propriamente de custear o evento desportivo organizado pela Federação de Futebol, mas simplesmente de bancar os custos dos clubes inscritos no evento”, alegou a magistrada.
A juíza Keila Cristina de Lima Alencar Ribeiro, da 5ª Vara da Fazenda Pública, viu irregularidades na liberação dos recursos à Federação Brasiliense de Futebol. “É fácil perceber que o objetivo realmente perseguido com a celebração do convênio em exame não era propriamente de custear o evento desportivo organizado pela Federação de Futebol, mas simplesmente de bancar os custos dos clubes inscritos no evento”, alegou a magistrada.
“Os requeridos, de livre e espontânea
vontade, alteraram a destinação da verba pública que deveria ter sido
utilizada exclusivamente para subsidiar a diminuição dos preços dos
ingressos dos jogos e, assim, incentivar a população do Distrito Federal
a comparecer aos estádios”, acrescentou Keila Cristina.
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