08/04/2014 07h26
Ninguém foi preso após disparos registrados na noite de segunda-feira (7).
Militares substituíram policiais no conjunto de favelas no sábado (30).
Os primeiros ataques à tropa aconteceram após protestos na região da
Praça dos 18, onde os militares reforçaram o patrulhamento, e na Rua
Tancredo Neves, próximo à Vila dos Pinheiros. O Comando da Força de
Pacificação não informou o motivo das manifestações.
Segundo o comando, na sequência, foram efetuadas rajas de tiros contra a
tropa que estava no acesso para a Rua C4 e também próximo aos militares
que estavam na Avenida do Canal 2, nas imediações do acesso da Avenida
Brasil. Os tiros teriam partido de um automóvel que passava pela via
expressa e um deles feriu o mototaxista Fábio de Barros, de 28 anos,
atingido no braço. Ele foi socorrido pelo Samu e levado para o Hospital
Souza Aguiar, no Centro.
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Na ocorrência da Avenida do Canal 2, entretanto, os militares
consideram que o alvo do ataque foram os mototaxistas. “Foi visto um
carro preto em baixa velocidade, e de repente ele efetuou quatro
disparos, segundo a contabilidade da nossa tropa. Pelo o que a tropa
passou, foram de pistola.
Os disparos contra a força de pacificação
considera que foi direcionado para o motoboy e não acertou nenhum
integrante da nossa tropa”, disse o major Alberto Horita, chefe de
comunicação social da força de pacificação.
Passageiros do mesmo carro também efetuaram disparos na altura da Rua
14, na Vila do João. Também foram registrados disparos contra militares
na Rua Principal da Baixa do Sapateiro e contra outra tropa que se
encontrava no Morro Timbau.
Depois que Barros foi baleado, os mototaxistas também fizeram uma
manifestação e chegaram a fechar a Avenida Brasil no sentido Zona Oeste
por pelo menos meia hora. A via só foi liberada depois de uma negociação
com a PM e o Exército.
Tropas federais na Maré
Tropas do Exército e da Marinha substituíram parte do efetivo da Polícia Militar no Conjunto de Favelas da Maré no sábado (30). A operação batizada de "São Francisco" — coordenada pelo Comando Militar do Leste (CML) — tem 2.050 homens da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, 450 da Marinha, 200 da Polícia Militar e uma equipe avançada da 21ª DP (Bonsucesso). A Aeronáutica poderá auxiliar as operações, caso seja necessário.
De acordo com o Ministério da Defesa, a Força de Pacificação atuará até
o dia 31 de julho em uma área de aproximadamente dez quilômetros
quadrados.
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