07/04/2014 15h11
Vítima faria 29 anos nesta segunda e um mês de casamento na terça.
Tiago Pereira morava em Caxias do Sul (RS) e era professor de natação.
Um triatleta de 28 anos morreu neste domingo (6) depois de levar um
choque em um estande de apoio da prova do Ironman 2014 realizada em
Brasília.
Responsável pela organização do evento, a Latin Sports
informou que Tiago Pereira sofreu uma parada cardíaca após a descarga
elétrica e chegou a ser levado ao Hospital de Base, mas não resistiu aos
ferimentos.
A Polícia Civil fez perícia na estrutura, montada no Pontão
do Lago Sul, na manhã desta segunda.
A vítima morava em Caxias do Sul (RS). Segundo o dono da academia onde
ele trabalhava como professor de natação, Jovir Demari, o jovem faria
aniversário nesta segunda e um mês de casamento na terça.
“Ele era meu irmão. Conheço desde que ele tinha 8 anos. Era um garoto maravilhoso, não tem nem o que falar.
O pai dele está em Brasília acompanhando o desenrolar do processo. Está muito difícil”, disse Demari.
A prova reuniu 1,2 mil triatletas de 16 países na capital federal.
A
largada começou às 7h. Os atletas tinham como desafio completar, no
menor tempo possível, 1,9 quilômetro de natação, 90,1 quilômetros de
ciclismo e 21,1 quilômetros de corrida.
Segurança
impede entrada de curiosos em local onde triatleta sofreu choque
elétrico após competição em Brasília
A organizadora disse que ainda não tem informações sobre o que causou o
acidente. "A Latin Sports lamenta profundamente o incidente com o
atleta Tiago Pereira", afirma em nota. "A Latin Sports está prestando
toda assistência à família do atleta e acompanhando as autoridades na
perícia que irá determinar as causas do incidente."
Investigações
A Secretaria de Saúde informou que Tiago Pereira morreu por volta de 16h deste domingo, por causa de um choque elétrico. Titular da 30ª Delegacia de Polícia, Miguel Lucena disse que a corporação não descarta ainda a possibilidade de o incidente ter sido causado por pelo esforço da prova, que tem cerca de cinco horas de duração.
"Conversamos com uma testemunha que disse ter visto a vítima se
debatendo após segurar na estrutura metálica, uma situação típica de
quem sofre choque elétrico. Depois teve convulsões", declarou o
policial.
Lucena disse que vai investigar se o evento disponibilizou a estrutura
adequada para prestar primeiros socorros aos atletas. "Informações
preliminares dão conta que não havia estrutura adequada para o evento",
afirmou.
"Havia médicos, mas não eram contratados do evento. Eles tentaram
ajudar. É provável que a demora ou a falta de estrutura tenha
contribuído para a morte dele. Talvez não tenha salvado, mas pode ter
contribuído", completou o delegado.
Caso fique comprovado que a vítima sofreu descarga elétrica, os
responsáveis pelo evento e pela montagem da estrutura podem ser
indiciados por homicídio culposo e negligência. O corpo do triatleta
está no IML de Brasília. A perícia criminal e a necropsia devem ficar
prontas em até 15 dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário