06/05/2014 11h03
Volume acumulado no sistema caiu para 9,8% nesta terça-feira (6).
Na segunda (5), região registrou 0,1 mm de chuvas.
Vista
da Represa Jaguari, do Sistema Cantareira, na cidade de Vargem,
interior de São Paulo
O volume acumulado no Sistema Cantareira caiu para 9,8% nesta terça-feira (6) e ficou abaixo dos 10% pela primeira vez na história. A queda registrada foi de 0,2%, já que na segunda-feira (5) o índice estava em exatos 10%. Durante nove dias, não choveu na região – na segunda, houve 0,1 mm de precipitação, mas não há previsão de chuva forte para os próximos dias.
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O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), descartou no domingo (4) a implantação do
racionamento de água este ano, apesar da crise no sistema. Alckmin
respondeu ao questionamento sobre o rodízio durante coletiva de imprensa
na abertura da 18ª edição da Parada do Orgulho LGBT. Em fevereiro, o
governador já havia descartado o racionamento, mas dizia contar com as
chuvas.- Alckmin anuncia multa a quem aumentar consumo de água em SP
- Não vamos transformar a maior seca em picuinha política, diz Alckmin
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- Documento da Prefeitura diz que Sabesp já faz rodízio de água
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) faz um serviço emergencial desde o dia 17 de março para retirar água do fundo dos reservatórios do Cantareira. Segundo a companhia, o "volume morto" poderá abastecer a Grande São Paulo por quatro meses e deve começar a ser usado entre julho e agosto. A obra está orçada em R$ 80 milhões e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das comportas.
Segundo cálculo feito pelo professor especialista em recursos hídricos da Universidade de São Paulo (USP) Rubem Porto, e publicado pelo G1 no dia 19 de março, a água do sistema deve durar até setembro. Com o uso do volume morto, o abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo ganha um "respiro" até fevereiro de 2015.
Conta mais cara
No dia 22 de abril, Alckmin anunciou que os moradores da Grande São Paulo abastecidos pelo Sistema Cantareira terão um acréscimo na conta de água caso aumentem o consumo. Segundo o governador, o usuário que gastar acima da média em maio pagará 30% a mais em junho. Já os consumidores de 31 cidades atendidas pela Sabesp que conseguirem economizar 20% receberão um desconto de 30%.
Quando questionado sobre a previsão para uso do volume morto do Cantareira, Alckmin afirmou que haverá uma reunião com secretários de várias pastas para avaliar a eficácia do bônus concedido aos consumidores da Sabesp que economizarem água.
"Vai ter uma reunião de avaliação para ver o resultado. Acho que todas [as cidades] vão ajudar [a poupar água]", afirmou o governador.
Alckmin voltou a explicar que a economia de água em cidades abastecidas por outros sistemas podem contribuir para atender bairros originalmente cobertos pelo Cantareira. De acordo com o governador, os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga aliviaram a situação do Cantareira. A partir de setembro, o Riacho Grande também deverá atuar nesse sentido.
"Temos uma reserva técnica [volume morto] de 400 milhões de metros cúbicos. Pretendemos retirar, se necessário, 190 milhões de metros cúbicos. As obras estão praticamente concluídas", disse Alckmin.
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