terça-feira, 6 de maio de 2014

E segue o baile…

Matéria do dia 22 de abril.
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Nada resiste à esculhambação do Congresso Nacional.

La onde “crime” é “malfeito” e “assassinato” vira “ato infracional“, nenhuma surpresa em chamar “negócio” ao ato de transformar US$ 42 milhões em US$ 1,2 bilhão em menos de 12 meses e depois ficar discutindo sobre se isso foi “um bom ou um mau negócio“.

É claro que, no fundo, é tudo uma questão de ponto de vista, dependendo, a conclusão dessa momentosa questão, de se a pergunta é feita a quem possuia o bilhão e duzentos antes e ficou sem eles (nós os contribuintes) ou a quem se tornou proprietário deles depois do “negócio” feito…
O Congresso Nacional falava, supostamente, em nosso nome e, portanto, não deveria haver duvida nenhuma. Mas como naquele bosque de caras de variados paus vale tudo, formaram-se logo dois partidos em torno dessa nova “configuração” dada à falcatrua de Pasadena que ja antecipa onde vai chegar esta “investigação” das “excelências“.

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Um desses partidos é de linha, digamos assim, mais “lulista“: nega até o fim mesmo aquele tipo de evidência que resplandece ofuscantemente ao sol e fere estes 200 milhões de pares de olhos que a terra ha de comer.

O outro tem uma linha mais “dilmista“: admite eventualmente suas cagadas mas põe a culpa delas nos outros e, o que é muito pior, não limpa a sujeira feita.

Alinham-se ao primeiro grupo Nestor Cerveró e Sergio Gabrielli, entre outros, e ao segundo Dilma Roussef e Graça Foster, atrizes sabidamente faltas de imaginação e capacidade de improvisação que, pelo andar da carruagem vão ficar sozinhas nesse lado do picadeiro pois a nata das “excelências” já se manifestou agradavelmente surpreendida com a versão mais “lulista” que, confessadamente, nem eles próprios tinham, alguma vez, imaginado possível.

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A surpresa com a cara-dura dessa versão foi tanta que até mesmo Andre Vargas, aquele que pretendeu dar-se ares de ideólogo da bandalheira à Zé Dirceu e Genoíno mas logo depois foi flagrado lavando dinheiro em jatos, recolheu o seu pedido de renuncia. É que o seu apurado faro para oportunidades já lhe deu a entender que o processo de descriminalização da roubalheira em curso ha 12 anos está à beira de avançar mais um passo decisivo e resolveu pagar para ver.

A grande incógnita, agora, são os próximos passos do doleiro Alberto Youssef, “amigo de 30 anos” de André, e seu outro comparsa Paulo Roberto Costa tirado de circulação junto com ele.
Não ha sinais, até o momento, de que esteja iminente a prisão dos policiais federais que os prenderam. 

Mas a ser seguido o precedente aberto com o caso do Supremo Tribunal Federal no julgamento do Mensalão, é provavel que cassem ao menos os seus chefes, obviamente os mandantes do crime, digo, da prisão dos criminosos, colocando no lugar deles outros que se comprometam antecipadamente a ser menos “exagerados” com esse negocio de prender ladrões de dinheiro publico do lado errado, principalmente em ano eleitoral.

Afinal o Brasil é o “país de todos“, isto é, de todos “eles“, a começar pelos que têm sido injustamente presos quando na verdade merecem mais são indenizações por todo o bem que nos têm feito.

a2BLOG O VESPEIRO

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