segunda-feira, 14 de julho de 2014

A Copa das Copas em termos de fanfarronice: Aldo Rebelo e Dilma Rousseff querem estatizar o futebol

dilmarebelo
O papel vergonhoso do PT nesta Copa 2014 foi algo de fazer a apresentação do Brasil diante da Alemanha parecer um espetáculo. Quando se pensa que eles alcançaram o fundo do poço em caradurismo e empáfia, eles conseguem nos surpreender, superando seus limites anteriores.

O fato é que nesta Copa 2014 o PT perdeu o senso do ridículo. Eles não se cansam de baixar o nível da conversa e aumentar a loucura das propostas, ficando entre o cômico e o surreal.

Agora, Aldo Rebelo resolveu propor a intervenção do governo no futebol brasileiro. Ele apenas segue a afronta proferida por Paulo Henrique Amorim.

Leia:
Eu sempre defendi que o Estado não fosse excluído por completo do futebol [...] É uma intervenção indireta [...] Isso se houver uma reforma na lei que de ao estado a atribuição de regular. A Lei Pelé tirou do estado qualquer tipo de poder de atribuição e poder de intervenção.

Ela determinou a prática do esporte como algo privado, atribuição do mundo privado e isso só pode ser modificado se a legislação também for modificada [...] Se depender de mim, não teríamos tirado o estado completamente dessa atribuição. Se depender de mim, parte dessa atribuição deve voltar.

[Ele diz que o estado não quer nomear cartolas] mas o Estado não pode ser excluído da competência de zelar pelo interesse público dentro do esporte [...] Dirigentes passaram a administrar o futebol sem qualquer atuação do estado. Queremos retomar algum tipo de protagonismo no esporte. Não para indicar interventor. Mas para preservar o interesse nacional e o interesse publico.
Embora ele não seja uma pessoa estúpida (aposto muito mais em má fé mesmo), o discurso é flagrantemente cretino. A argumentação de Rebelo jamais emite um argumento racional sequer para que o estado intervenha no futebol. Apenas se limita a repetir, ad nauseam, que “o estado tem que participar”. Nesse angu com certeza tem caroço.
O futebol brasileiro precisa de fato de mudanças. A derrota para a Alemanha evidencia essa necessidade [...] Precisamos adotar medidas para erradicar os motivos do vexame de nosso futebol.
Uma forma de fazer isso seria sumir das Copas do Mundo, até por que a FIFA proíbe intervenção do estado nas federações. Quem sabe uma Copa Bolivariana com países como Venezuela, Cuba, China e Coréia do Norte? Aí com certeza não passamos vexame… por enquanto.
Deveríamos fazer esforço para elevar a qualidade da gestão dos clubes [...] Algumas dessas propostas estão sendo discutidas na legislação, que está tramitando no Congresso. Queremos que os clubes assumam responsabilidades em relação à gestão. Que tenhamos condições de apoiar financeiramente esses clubes. São poucos que tem condições de recorrer à lei de incentivo ao esporte.
Aumentar “qualidade na gestão dos clube”s, ô figurinha? Times como Real Madrid, Milan, Barcelona, Bayern de Munique e outros não estão precisando de apoio financeiro. Alias, o futebol dos clubes destes países é melhor por que esses países são mais ricos e bem administrados do que o Brasil.

Ou seja, o futebol nosso é uma zona por que nosso país é pobre, o que faz com que times estrangeiros consigam levar nossos craques para lá. Quem sempre contribuiu para que o Brasil jamais tivesse se desenvolvimento suficientemente como país são os partidos de esquerda. 

E o PT, como é um dos mais extremistas destes partidos, tem dado uma contribuição especial à nossa bagunça.

Em suma: a melhor coisa que o Estado devia fazer, em relação ao futebol, é pedir para cagar e sair de fininho.
Precisamos discutir a legislação do ponto de vista de trabalho de menores. Somos exportadores de matéria prima e somos importadores de produto acabado [...] Precisamos mudar essa equação. A lei coloco super poder para os empresários.
Lembro que proibir um jogador de ir e vir é escravidão. Ao que parece, ele já aprendeu com os cubanos como é que se faz.

Ademais, se ele vai querer limitar o trabalho de menores no futebol, isso vai demolir a possibilidade de novos craques surgirem. Já deu para termos uma ideia de que as ideias socialistas desses senhores não servem para nada que preste, certo?

É o que dá: gente que não se acostumou a gerar valor (somente se aproveitar do trabalho alheio, em forma de poder estatal) não consegue entender o que é uma geração efetiva de resultados.

Dilma também foi pelo mesmo caminho de fanfarronice estatal:
Eu queria dizer que o Brasil não pode mais continuar exportando jogador. Exportar jogador significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios.
É isso aí, Gilma!

Limitar a exportação de jogadores de futebol A partir de agora, se deixarmos ela nos impor esse tipo de baixaria, se um jogador talentoso quiser sair do Brasil, precisará fugir clandestinamente, pois eles não podem mais “serem exportados”.

Mas espere: se eles não puderem mais sair, isso diminuirá o atrativo para a profissão de futebol, pois aqui não teremos vagas para todos os nossos talentos. Mas isso não desestimularia a busca pelas categorias de base? Sem lembrar que o Rebelo já propôs proibir o trabalho de menores no futebol, de forma que isso prejudicaria a revelação de talentos.

Realmente, é uma bobagem atrás da outra.
Renovar o futebol brasileiro é perceber que um país, com essa paixão pelo futebol, tem todo o direito de ter seus jogadores aqui e não tê-los exportados.
Não é uma maravilha?
Não temos uma infraestrutura que preste e tudo aquilo em que o estado mete a mão, não funciona. Mas ela ainda assim quer destinar recursos estatais para que os cidadãos tenham o “direito” (inventado por ela) de que os craques fiquem por aqui. Decididamente, é um discurso digno de hospício.

Mas, como já disse, ela não é nenhuma inocente, e o mesmo se aplica a Rebelo. Isso é cinismo em um grau fora de qualquer limite gerenciável.

Se o estado tem o poder de destinar recursos para os clubes de forma que eles “retenham” jogadores, é claro que esses dirigentes podem se tornar instrumentos do governo, fazendo campanha em prol deste governo. É o eterno toma lá, dá cá.

Em um momento em que a população do Brasil está se recuperando do trauma da eliminação da seleção brasileira, uma proposta tão indecente e torpe quanto esta de Rebelo e Dilma é praticamente um tapa na cara do povo.


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