Dilma, nada de sorrisos, só mau humor e carranca.
Apesar de a presidente Dilma
Rousseff ter sido vaiada no encerramento da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, o
tom dos protestos não chegou nem de longe ao que se viu na abertura da
competição em São Paulo, o que trouxe certo alívio ao Palácio do Planalto. A
hostilidade no Maracanã ocorreu antes e durante a entrega da taça à seleção da
Alemanha, vencedora do Mundial.
Todas as vezes em que Dilma
aparecia no telão, as vaias tomavam conta do estádio, mas auxiliares da
presidente ressaltaram que a maneira como ocorreram os protestos neste domingo
não se compara à virulência do que houve em 12 de junho. "Não foi nada
parecido com aquele dia", observou, aliviado um ministro, ao lembrar que
vaias em estádios são consideradas até normais e que já eram esperadas pelo
governo.
Nesta segunda-feira, no Planalto,
o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, fará uma reunião com todos
os demais ministros que participaram da organização da Copa do Mundo, para uma
avaliação setor a setor. O balanço, será repassado à presidente Dilma Rousseff
que estará, a maior parte do dia, envolvida com a visita do presidente da
Rússia, Vladimir Putin.
Dilma entregou a taça ao time da
Alemanha ao lado da chanceler Ângela Merkel, de dirigentes da Fifa e do
presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, alvo
de fortes críticas em um dos sites da campanha petista, o "Muda
Mais". O site está sob responsabilidade do ex-ministro da Comunicação do
governo Lula, Franklin Martins, que hoje coordena as redes sociais no comitê da
reeleição.
Os ataques a Marin provocaram
queda de braço na campanha porque Dilma e o marqueteiro João Santana
consideraram que as críticas causaram "constrangimento" e "mal
estar" num momento em que o governo trabalhava pelo sucesso da Copa, sem
querer comprar briga com a CBF. Dilma pediu que Franklin retirasse o post do
site "Muda Mais" ou que o assinasse, mas não foi atendida. Na
quarta-feira, quando o texto foi publicado, o presidente do PT, Rui Falcão,
teve uma conversa reservada com Franklin sobre o assunto, em Brasília. (Estadão)
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