segunda-feira, 14 de julho de 2014

Vaiada na final da “copa das copas”, Dilma atuará como “vendedora” na reunião capimunista dos Brics




Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A petralhada deve ter morrido de peninha e raiva ao ver o rostinho incomodado de sua candidata Dilma Rousseff, entregando aos alemães a Taça de Campeão do Mundo da Fifa. A presidenta tomou uma grande vaia na hora. Infelizmente, não dá para alegar que a culpa foi estar ao lado de Josef Blatter. O mesmo aconteceu toda vez em que a imagem desgastada da Presidenta foi exibida no telão do Maracanã. Dilma agora vai tomar na urna... Mas só isto não adianta.

O Brasil só vai avançar, política, econômica e socialmente se houver um esforço consciente para superar o atual modelo “Capimunista”. O País é refém de um arremedo de sistema baseado no aparelhamento do Estado por uma oligarquia política e na intervenção estatal sobre a atividade econômica, com regramento excessivo, impostos extorsivos e crédito caro e de risco, tendo um discurso social demagógico, um engodo ideológico coletivista contra a individualidade e uma prática clientelista-patrimonialista que corrompe os cidadãos de baixa renda.

A superação do “Capimunismo” não figura na pauta dos candidatos à Presidência da República nesta eleição de 2014. Não existe previsão de um debate sério sobre a urgência de se mudar o esgotado modelo de Estado praticado no Brasil. O País não pode continuar sendo a mera colônia de exploração, rica porém mantida artificialmente na miséria, na parceria entre uma privilegiada classe dirigente que se submete a uma oligarquia financeira transnacional, para deixar tudo como sempre esteve historicamente.

Descalças as chuteiras da patriotada, amargando o vexame da seleção de futebol na “copa das Copas” (que custou bilhões em gastos a serem pagos futuramente), vamos mergulhar no clima de torcida eleitoral. Em meio a conflitos mais pessoais e ideológicos que políticos e econômicos, ficará adiada indefinidamente – como de mal costume - a discussão crucial sobre que Brasil queremos e precisamos. O drama é que não temos mais tempo a perder. Os supostos “poderosos” parecem com a vida ganha. Os demais cidadãos não estão...

A “Copa das Copas” já era. A Alemanha, que nos humilhou na goleada de 7 a 1, venceu a Argentina por apenas um a zero e foi a merecida tetracampeã. Para os perdedores, além da bola brazuca, ficaram dois legados evidentes. Primeiro, que o povo brasileiro, vira-lata euroafroameríndio, deu um show de receptividade aos turistas. Aliás, o turismo é uma vocação que deveríamos explorar, economicamente, com mais competência, eficiência e margem real de lucro.

O segundo legado dessa “copa das copas”, percebido por poucos, é o mais importante. Nosso modelo Capimunista não funciona e não pode continuar vigorando. Não só o futebol brasileiro, mas todos os nossos modelos de governança e gestão, públicos e privados, precisam ser mudados, atualizados e adaptados ao jeito e cultura do Brasil. É um desperdício o Brasil continuar tomando humilhantes goleadas simbólicas do Primeiro Mundo Capitalista.

Se não houver uma mexida integrada no sistema de produção, imposto, moeda, legislação e Justiça – junto com a sempre prometida e esperada reforma política -, o Brasil permanecerá patinando, sobrevivendo na permanente vanguarda do atraso. Estes assuntos fundamentais precisam entrar na pauta política. O País não precisa de meros torcedores eleitorais em um processo eletrônico inconfiável, mais parecido com uma aventura no cassino do Al Capone.

Por questão de prioridade, a medida urgente é deletar o PT e seus aliados do Palácio do Planalto. Mas de nada adiante detonar a petralhada e demais comparsas do “Condomínio”, se o novo “síndico” a assumir incorrer na perpetuação dos mesmos vícios. A constatação apavorante é que estamos perdendo o “timming”. Adiar a adoção, para ontem, de medidas corretas só vai comprometer o futuro da “galera” brasileira. Bola para frente, senão a brazuca (ou seria a bazuca?) nos acerta, dolorosa ou mortalmente, pelas costas...

Enfim, vale seguir o conselho de Santo Agostinho – que um amigo águia do mercado financeiro vem repetindo em e-mails reservados a quem consegue pensar e agir corretamente, com base na verdade: “A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”.

Não basta o voto indignado. Pouco adianta continuar protestando no mundo virtual, se nenhuma atitude concreta de mudança é tomada no mundo real. É preciso coragem para romper com o Capimunismo vigente. Antes de torcedor, seja um cidadão e faça sua parte.

Visão sobre o Brasil

Do criador da expressão “Brics”, Jim O´Neill, em artigo da Bloomberg News para o jornal O Globo, duas observações para uma profunda reflexão e urgente ação sobre o debate econômico brasileiro:

“O Brasil só cresceu tão fortemente na década passada por causa do altíssimo valor de sua moeda e do aumento dos preços das commodities. Isso se traduziu em aumentos rápidos na produção e gastos denominados em dólar. O crescimento real do Produto Interno Bruto foi menos de 4% por ano naquela década. E mais: por mais desapontador que seja o crescimento de parcos 2% nesta década, as crises típicas do Brasil são algo distante na memória”.

“Certamente o governo tem que sair do caminho e deixar de agir à chinesa, tentando dirigir a maior parte da economia (nem mesmo a China tem feito mais isso). O Brasil precisa ser mais competitivo e mais inventivo; precisa que suas empresas privadas invistam mais na criação de riqueza e elevação da produtividade”.


Releia nosso artigo de domingo: Vamos deletar o Bruzundanga Futebol Clube?

Hora de Mudar



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Versão alternativa à propaganda do Itaú, na “Copa das Copas”, para deixar a petralhada mais PT da vida ainda...


Papo furado dos Brics
É preciso ficar bem claro o que significa, de verdade, a sexta reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), nesta terça e quarta-feira, em Fortaleza, no Ceará.
O esquema de decisão via blocos regionais faz parte do grande engodo montado pela Oligarquia Financeira Transnacional para encenar o teatrinho de marionetes dos dirigentes políticos que ela sustenta nos países – principalmente nos periféricos ou “em desenvolvimento”.

O objetivo tático imediato do poder real mundial é fortalecer o sistema que tem a China (Capimunista) como o grande personagem de fachada, na permanente briga para conter qualquer possibilidade de libertação econômica de algum país – coisa que só os Estados Unidos da América tiveram (e perderam) a chance histórica de conquistar.


Criando mais dependência
O globalitarismo opera de maneira completamente manjada.
Dentro da tática da Oligarquia Financeira Transnacional de criar supostas variações, para manter o mesmo velho esquema, está a criação de mais um banco de desenvolvimento global (chamado de New Development Bank), junto com a instituição de um Acordo de Reserva de Contingência (de US$ 100 bilhões) para ajudar países com problemas de balanço de pagamentos.

Tudo indica que o tal banco será comandado, majoritariamente, pelo “capital chinês” (que não pertence aos comunas de lá, mas sim aos bancos privados transnacionais sediados no território deles, cujos acionistas controladores são os mesmos bancos que comandam as principais instituições financeiras do planeta, há vários séculos).
Assim, não passa de balela acreditar que o novo Banco dos Brics, com capital inicial estimado de US$ 50 bilhões, chega para concorrer com Banco Mundial, FMI e afins, já que o sistema pertence aos mesmos donos de sempre...

Encenação globalitária
Hoje será fechada a tal “Declaração de Fortaleza”, com 50 artigos, que será entregue pelos chefes de Estado na terça-feira, após análise dos ministros da área econômica dos cinco países envolvidos.

O documento foi arrumado pelos chamados “sherpas” (guias-negociadores) dos cinco países: José Alfredo Graça Lima (subsecretário para Assuntos Políticos do Itamaraty), Sergey A. Ryabkov (Rússia); Li Baodong (China); Sujata Mehta (Índia), e Jerry Mathews Matjila (África do Sul).

O pacote, com tudo amarradinho, será “submetido” aos “líderes”: Dilma Rousseff (Brasil), Vladimir Putin (Rússia), Xi Jinping (China), Jacob Zuma (Àfrica do Sul) e Narendra Modi (Ìndia).

Armação “chinesa”
Os chineses pressionam para sediar o banco e indicar seu primeiro presidente.
Além disso, armam para ampliar o grupo dos Brics, incluindo a quebrada Argentina no time, da mesma forma como juntou a África do Sul, em 2011.

México, Indonésia, Coreia do Sul e Polônia, com bons índices de crescimento econômico, não toparam fazer parte da brincadeira dos Brics.

Pauta viciada
Os chineses não aceitam discutir a questão cambial nas relações de comércio – que lhe são totalmente favoráveis.

Assim, entre os Brics, ninguém chega a uma conclusão sobre o problema de correção dos grandes desequilíbrios entre os países que exportam e têm superávits e os que importam e têm déficits.

No final das contas, a reunião acaba sendo uma “feirinha” de grandes negócios.

Vendedora Perdedora
Dilma pretende aproveitar a reunião dos Brics para fechar a venda de 60 aeronaves da Embraer ao mercado chinês.

Deseja assinar com Vladimir Putin um plano de ação para investimentos em projetos de ferrovias, portos, energia nuclear, petróleo e gás, que pode render até um acordo de cooperação militar (para terror dos EUA).

Com Jacob Zuma, Dilma quer permutar o ingresso do vinho sul-africano por aqui, com a carne brasileira sendo liberada para lá.

Já com a Índia, Dilma negocia mais recursos para a Petrobras, que exporta petróleo para lá.


Prêmio de consolação

Felipão em desgraça

Hoje Luiz Felipe Scolari deve perder seu empregão de técnico da fracassada Seleção Brasileira.

A CBF não deve anunciar um substituto de imediato, apesar das especulações em nome do Tite.

Como Luiz Inácio Lula da Silva não está disponível para o cargo, o negócio é esperar para ver quem será o contratado a peso de ouro para a nada mole missão de reerguer o selecionado tupiniquim.

Laranjada da Tia Angela



Eu sou você amanhã...




>Fratura e fritura do Neymar


Vídeo mais avacalhado da “Copa das Copas


© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 14 de Julho

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