segunda-feira, 14 de julho de 2014

Após críticas, Fifa errou mais do que governo na Copa-2014



UOL

Após seguidas críticas pelos atrasos nos preparativos do torneio, a Fifa cometeu os maiores erros na organização da Copa-2014. Falhas na segurança interna dos estádios e comercialização ilegal de ingressos foram os piores problemas do Mundial, encerrado neste domingo. E ambos os itens estavam nas mãos da entidade e do COL (Comitê Organizador Local).

Em relação ao que estava na cota do governo, foram entregues com atrasos vários dos estádios, mas eles funcionaram, embora com erros operacionais, alguns deles também causados pelos parceiros da federação internacional. Outros itens como aeroportos e transporte público não comprometeram a organização do Mundial.

Durante a preparação, o secretário-geral da federação internacional, Jérôme Valcke, chegou a dizer que o Brasil deveria receber um chute no traseiro. Eram atrasos governamentais os motivos para o ataque.

Só que foram os seguranças privados do COL que permitiram uma invasão de cerca de 100 chilenos no Maracanã, na cena mais chocante da Copa. Em todos os estádios, houve falhas que permitiram objetos e pessoas indevidas dentro das instalações.

Também era responsabilidade da Fifa comercializar os ingressos da Copa. Só que a polícia civil estourou uma esquema de venda ilegal de bilhetes que atingiu o coração da federação internacional ao prender o executivo da Match Ray Whelan, cuja empresa é parceira da entidade há anos na operação dos bilhetes.

Problemas com gramados e serviços a espectadores e a jornalistas são outras falhas apresentadas dentro dos estádios, e portanto de responsabilidade da federação internacional e do comitê. É certo que a entrega atrasada das arenas, isso sim na conta das autoridades públicas, afetou essa operação.

Outro ponto de críticas foi a arbitragem da Copa. A falta de cartões que permitiu duras faltas – apesar das negativas da Fifa – e os seguidos erros em pênaltis e impedimentos vão para a conta da entidade. Sua falta de punições disciplinares para jogadas violentas, a exceção de Luis Suárez, também geraram questionamentos.

Questionado sobre as falhas da Fifa, o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, não repetiu a postura beligerante dos cartolas da entidade durante os preparativos da competição – as críticas foram amenizadas só no final. “Você não vai me fazer brigar com a Fifa'', disse ele, que disse que, na sua opinião, o planejamento levou a uma Copa bem executada.

Da parte do COL, a análise sobre a organização da Copa é de um resultado positivo. Problemas foram considerados isolados dentro do contexto geral.

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