Josias de Souza
Ao
alcançar o poder federal, o PT encantou-se com um vício do tucanato.
Sempre que podem, os ministros da República petista anabolizam seus
contracheques assumindo assentos em conselhos de estatais. Sob Lula,
Dilma Rousseff cadastrou-se no bolsa-conselho da Petrobras —em valores
de hoje, rende R$ 9.522 por uma reunião mensal. Beliscando-se outro
cartão-conselho numa subsidiária como a BR Distribuidora (R$ 8.775),
chega-se a um complemento salarial de R$ 18.297.
O caso da refinaria de Pasadena escancarou a impostura. Presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época em que o prejuízo bilionário foi empurrado para dentro da escrituração da estatal, Dilma Russeff não tem nada a ver com a barbeiragem. Foi o que disseram na semana passada à CPI que finge investigar a estatal no Senado o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor Nestor Cerveró.
Dilma não é responsável, repetiu nesta terça-feira, no mesmo palco, a atual presidente da Petrobras, Graça Foster. A responsabilidade é coletiva, disse ela. Toda a diretoria aprovou, todo o conselho referendou. O episódio faz lembrar uma cena secundária da peça Júlio César, de Shakespeare. Nela, plebeus mobilizados por Marco Antônio saem à caça dos assassinos de César. Súbito, encontram Cinna.
Ouve-se um grito: matem-no, é um dos conspiradores! Alguém pondera: não, é apenas Cinna, o poeta. Sobrevém a sentença: então, matem-no pelos seus maus versos! Mal comparando, Dilma frequenta o descalabro de Pasadena como neo-Cinna. A oposição tenta arrebentar-lhe a imagem. E Graça Foster: não, ela é apenas Dilma, uma reles conselheira. Se a Lei das S.A. pudesse falar, diria: então, esfolem-na pelos seus maus conselhos. Mas no Brasil a lei não é para todos.
Assim, você tem todo o direito de perguntar: que falcatruas, que mamatas, que mumunhas, que conluios, que descalabros, que barbaridades foram canceladas graças à ação aos sábios conselhos dos beneficiários do bolsa-conselho? Enquanto não lhe responderem isso, você fica autorizado a defender a extinção, por inúteis, dos conselhos das estatais.
O caso da refinaria de Pasadena escancarou a impostura. Presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época em que o prejuízo bilionário foi empurrado para dentro da escrituração da estatal, Dilma Russeff não tem nada a ver com a barbeiragem. Foi o que disseram na semana passada à CPI que finge investigar a estatal no Senado o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor Nestor Cerveró.
Dilma não é responsável, repetiu nesta terça-feira, no mesmo palco, a atual presidente da Petrobras, Graça Foster. A responsabilidade é coletiva, disse ela. Toda a diretoria aprovou, todo o conselho referendou. O episódio faz lembrar uma cena secundária da peça Júlio César, de Shakespeare. Nela, plebeus mobilizados por Marco Antônio saem à caça dos assassinos de César. Súbito, encontram Cinna.
Ouve-se um grito: matem-no, é um dos conspiradores! Alguém pondera: não, é apenas Cinna, o poeta. Sobrevém a sentença: então, matem-no pelos seus maus versos! Mal comparando, Dilma frequenta o descalabro de Pasadena como neo-Cinna. A oposição tenta arrebentar-lhe a imagem. E Graça Foster: não, ela é apenas Dilma, uma reles conselheira. Se a Lei das S.A. pudesse falar, diria: então, esfolem-na pelos seus maus conselhos. Mas no Brasil a lei não é para todos.
Assim, você tem todo o direito de perguntar: que falcatruas, que mamatas, que mumunhas, que conluios, que descalabros, que barbaridades foram canceladas graças à ação aos sábios conselhos dos beneficiários do bolsa-conselho? Enquanto não lhe responderem isso, você fica autorizado a defender a extinção, por inúteis, dos conselhos das estatais.
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