Em Florianópolis, São Luís e Salvador, 100% da frota está paralisada. Já no Rio de Janeiro paralisação da categoria é esvaziada: 90% dos ônibus circulam.
Em protesto, rodoviários param ônibus em vários pontos de Salvador.
Apesar do acordo firmado entre o sindicato dos rodoviários da Bahia e
entidades patronais para evitar a greve de ônibus prevista para esta
terça-feira (27), um grupo de rodoviários não concordou com a proposta
aprovada (Romildo de Jesus/Futura Press/Folhapress )...
A população de quatro capitais brasileiras é castigada nesta
quarta-feira por greves de motoristas e cobradores: em Salvador, na
Bahia, São Luís, no Maranhão, e Florianópolis, Santa Catarina, 100% da
frota de ônibus está paralisada. Já no Rio de Janeiro, onde uma
paralisação de 24 horas foi anunciada na noite de terça, os ônibus
circulam, mas em número reduzido.
A greve na capital catarinense começou nesta quarta e afeta pelo menos
250.000 pessoas, segundo informações do jornal Bom Dia Brasil, da Rede
Globo. Os grevistas justificam a paralisação afirmando que pretendem
evitar demissões de cobradores. Já a prefeitura garante que os
profissionais não perderão seus empregos.
Já em São Luís, os ônibus deixaram de circular completamente na
terça-feira. Os profissionais do setor, contudo, estão em greve desde a
última quinta. Pelo menos 750.000 pessoas são prejudicadas pela
paralisação. A categoria, que conta com 4.500 integrantes, alega que não
houve avanço nas negociações entre trabalhadores e patrões e por isso
decidiu cruzar definitivamente os braços para pressionar os empresários
do setor a apresentarem uma proposta de reajuste salarial.
Na capital baiana, a greve entra nesta quarta em seu terceiro dia. Na
terça-feira, nenhum ônibus da frota comum circulou em Salvador. Na
segunda, houve um acordo entre sindicato e empresários do setor na noite
de segunda, mas motoristas optaram pela paralisação por não concordarem
com os termos da proposta. Alguns rodoviários não aceitaram a validade
da assembleia comandada pelo sindicato. Eles alegam que a proposta do
patronato foi apreciada por um grupo de 40 motoristas e cobradores
vinculados ao sindicato. A paralisação atrapalha o cotidiano de cerca de
1,5 milhão de pessoas. Os rodoviários pedem 16% de aumento salarial;
reajuste do vale-alimentação; inclusão de um dependente no plano de
saúde e implantação do plano odontológico.
No Rio de Janeiro, a paralisação começou à meia-noite desta
quarta-feira, seguindo a decisão de um grupo de cerca de 150 rodoviários
que, reunidos em assembleia na Candelária, no Centro da cidade, aprovou
a greve de 24 horas. Mais uma vez, o movimento ocorre à revelia do
sindicato da categoria. Desta vez, no entanto, há uma “determinação” dos
grevistas de manter 30% da frota em circulação. Nas últimas três
semanas, o mesmo grupo de motoristas e cobradores deixou o Rio sem
transporte em três ocasiões – na última delas, por 48 horas seguidas,
nos dias 13 e 14. A greve desta quarta afeta parcialmente as zonas Norte
e Oeste, onde passageiros se acumulam em pontos e terminais, com
dificuldades de embarcar em condução para o Centro e a Zona Sul. Também
na estação ferroviária Central do Brasil (pontos final das linhas
suburbanas, no centro) há aglomeração nos pontos. Ainda não há
informações sobre veículos depredados, como aconteceu nas greves
ocorridas neste mês. O Rio Ônibus, sindicato das empresas, estima que
90% da frota de ônibus do Rio está circulando sem problemas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, trens, barcas e
metrô estão operando com reforços nas viagens. Em uma primeira
avaliação, a adesão de motoristas e cobradores à paralisação, decidida à
revelia do sindicato da categoria, é menor do que nas greves que
colocaram em colapso o sistema de transportes do Rio há duas semanas.
Costumeiro ponto de aglomeração na zona oeste, a favela Rio das Pedras
tinha às 7h30 movimento reduzido.
Os grevistas no Rio, sem o apoio do Sindicato dos Motoristas e
Cobradores de ônibus do município do Rio (Sintraturb), não aceitam o
acordo coletivo assinado em abril, que garantiu aumento de 10% à
categoria. A comissão de greve exige reajuste salarial de 40% e outros
benefícios. Em nota, o Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas,
afirmou que a decretação da greve por um grupo dissidente de 150
rodoviários é “uma afronta à Justiça e à sociedade". Informou ainda que
solicitará à Justiça que a greve seja considerada abusiva e que seja
determinada a imediata suspensão.
Fonte: Revista Veja - 28/05/2014 - - 09:22:22 BLOG do SOMBRA
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