Está
em curso, como é evidente, e ninguém precisa fazer muito esforço para
constatá-lo, um processo de demonização das Forças Armadas. A chefe da
torcida é a própria presidente Dilma Rousseff, com a sua “Comissão da
Verdade”, que está encarregada de embaralhar os dados da história
brasileira, igualando fatos a mistificações. É dali que parte o ímpeto
para tentar, entre outras coisas, rever a Lei da Anistia para levar
militares ao banco dos réus. Quem apoia tortura?
Que se saiba, ninguém.
Os que se opõem à agressão da Lei da Anistia se alinham simplesmente com
regras elementares do estado de direito.
Pois é… Em
tempos assim, quem diria que uma esquerdista autêntica como Dilma
Rousseff garantisse, numa reunião com empresários, que a ordem será
mantida durante a Copa com o auxílio dos tais… milicos? Não há nada de
constitucionalmente excepcional nisso. Afinal, o Artigo 142 da Carta
Magna estabelece que as Forças Armadas “destinam-se à defesa da Pátria, à
garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer
destes, da lei e da ordem”. Logo, os militares podem, sim, se ocupar da
segurança interna se isso for necessário.
Que país
curioso! As esquerdas, incluindo os petistas, transformaram numa pauta o
que chamam de “desmilitarização das Polícias Militares”. Na hora em que
a coisa aperta, como vemos, em vez de falar em desmilitarizar a PM,
seja lá o que isso signifique, Dilma prefere apelar aos homens de verde.
Na tal
reunião com empresários, a presidente disse que ofereceu tropas aos 12
Estados que sediarão jogos da Copa. Advertida para o risco de baderna, a
exemplo do que se viu na Copa das Confederações, a presidente afirmou:
“O que está em jogo é a imagem do país, não vou permitir que se repitam
as cenas de violência da Copa das Confederações”. É? Não vai permitir
como? Pretende fazer o quê?
Ela já combinou com Gilberto Carvalho? Seu
governo não conseguiu nem sequer votar uma lei que agrave a pena de quem
põe em risco a segurança coletiva. A presidente que diz que não vai
aceitar a violência recebeu em palácio militantes do MST que haviam
ferido no dia anterior 30 PMs na Praça dos Três Poderes. Em São Paulo,
chamou para um papinho os contumazes invasores de bens públicos e
privados do MTST. Quem estimula a bagunça é o Palácio do Planalto.
Mas, ora vejam!, vai sobrar para o PVO mais uma vez, O Partido Verde-Oliva, ao qual agora apelam os vermelhos.
A
presidente assegurou ainda que não vai deixar que manifestantes
“encostem o dedo” em delegações estrangeiras. Que bom! Falta agora que o
governo federal demonstre intolerância com aqueles que encostam o dedo,
sem autorização, também nos brasileiros, não é mesmo? A soberana acha
“gravíssimo”, apelando a palavra sua, que se faça política com a Copa.
É mesmo? E
o que tem feito o governo petista desde que ficou decidido que a
disputa ocorreria no Brasil? E todas aquelas propagandas ufanistas,
inclusive das estatais, exaltando o torneio como se fosse mais um feito
heroico do petismo? Já que estamos no terreno militar, cumpre apelar a
um clichê bem apropriado: o tiro saiu pela culatra, não é?
E, quando tudo dana, cumpre, então, convocar o Partido Verde-Oliva.
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