quarta-feira, 28 de maio de 2014

"Cracolândia" subterrânea na Romênia tem centenas de usuários de drogas



Do UOL, em São Paulo
Um dos líderes do subterrâneo de Bucareste, Bruce Lee se arrasta em um pequeno corredor no subsolo


  • Um dos líderes do subterrâneo de Bucareste, Bruce Lee se arrasta em um pequeno corredor no subsolo
Uma "cracolândia" subterrânea se espalha pelos antigos túneis do sistema de aquecimento de Bucareste, capital da Romênia. De acordo com reportagem da rede de TV "Channel 4", centenas de usuários de drogas – muitos com menos de 18 anos de idade – moram no local.
Alguns dos corredores que ligam os diferentes ambientes do subterrâneo só podem ser atravessados rastejando, e o chão é repleto de seringas usadas.

Por 50 centavos de euro (R$ 1,70), os usuários podem comprar ali uma dose de tinta metálica altamente tóxica conhecida como "aurolac", que é inalada dentro de sacos plásticos. Além disso, uma droga injetável derivada da metadona também é oferecida no local.





Fotógrafos passam 24h em sete cracolândias do Brasil



Mulher grávida conta dinheiro proveniente de comercialização de crack em rua de São Paulo. Fotógrafos da Reuters passaram 24 horas em sete cidades brasileiras para registrar a movimentação das cracolândias, áreas onde muitos usuários de crack se reúnem, na maioria das vezes durante à noite. Do centro de São Paulo às favelas do Rio de Janeiro, da capital amazônica Manaus ao pólo turístico colonial de Salvador, a droga se espalha pelo país Leia mais Reuters
Uma das lideranças da cracolândia local e maior fornecedor de drogas do subterrâneo é conhecido apenas como Bruce Lee. Abandonado em um orfanato durante o regime comunista quando tinha apenas três dias de vida, ele diz no vídeo: "quando Ceausescu caiu, eu também cai".


"Nós somos a escória da humanidade, não somos? Então eu busco organizar a turma para que sejamos como uma família", afirma, ao repórter. "As autoridades não se importam, ninguém se importa [conosco]".


Segundo levantamento de ONGs locais, ouvidas pela reportagem, a maioria dos habitantes da cracolândia romena é HIV positiva e morava em orfanatos do Estado durante o regime comunista.


Com a queda do líder Nicolae Ceausescu, em 1989, essas pessoas foram despejadas nas ruas – estima-se que ao menos 50 mil jovens estavam sob cuidado do Estado na época.

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