quarta-feira, 28 de maio de 2014

Treinamento na Arena Pernambuco simula ataque com agente químico





Trezentos profissionais participaram da simulação, nesta quarta-feira.


Para Comando Militar do Nordeste, equipes estão preparadas.

Do G1 PE
Simulação de ataque químico na Arena Pernambuco (Foto: Marjones Pinheiro / TV Globo)Bombeiros socorrem vítimas de ataque químico em simulação na Arena PE 
 
 
Trezentos profissionais de várias instituições ligadas à segurança na Copa do Mundo participaram, na manhã desta quarta-feira (28), de uma simulação de ataque terrorista, na Arena Pernambuco. Integrantes do Exército, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Comissão Nacional de Energia Nuclear e Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária fizeram o treinamento.


“De tudo o que pode acontecer, o menos provável entre os ataques terroristas é o nuclear, porque acaba com tudo. Um ataque biológico também é pouco provável, porque só causaria dano vários dias depois. Quando você libera um vírus ou uma bactéria, os sintomas levam dias para aparecer. O que o terrorista quer é um impacto imediato e o mais provável para isso seria um ataque químico”, explicou o tenente-coronel Keunny Ranieri, chefe de comunicação social do Comando Militar do Nordeste (CMNE).


Simulação de ataque químico na Arena Pernambuco (Foto: Marjones Pinheiro / TV Globo)Simulação de ataque químico na Arena Pernambuco
 
 
A imprensa não teve acesso ao interior da Arena. Lá dentro, a simulação de uma bomba química fez várias "vítimas". 

Nessa situação, os seguranças da Fifa vão comunicar à central de segurança da entidade, que aciona o Comitê Executivo de Segurança Integrado Regional, responsável por iniciar a ação de socorro. Os primeiros socorros são prestados pelo Corpo de Bombeiros, única equipe que poderá entrar na Arena em casos como esse.


As vítimas são levadas para um posto de acolhimento e, de lá, para um posto de triagem. Nesse local, as pessoas recebem pulseiras de acordo com o estado de gravidade: a verde é para quem entrou em contato com pouca quantidade da substância e passa bem, pronto para ser liberado; a pulseira amarela indica que a pessoa está bem, mas precisa de acompanhamento no hospital de campanha montado no local.


Simulação de ataque químico na Arena Pernambuco (Foto: Marjones Pinheiro / TV Globo)Atendimento inicial a feridos graves será feito em posto no local
 
Por fim, a pulseira vermelha serve para os feridos graves, que precisam de transporte por ambulância ou helicóptero. Antes de seguir para o hospital, esse paciente passa pelo posto de descontaminação total, onde toma um banho. O transporte pode ser feito em ambulância comum ou envelopada, que é o veículo especialmente preparado para conter a propagação do agente químico. Os hospitais credenciados para receber essas vítimas são o do Câncer de Pernambuco, Otávio de Freitas, Getúlio Vargas e Restauração, todos no Recife.

A simulação foi considerada um sucesso pelo tenente-coronel Keunny Ranieri. “Saiu tudo como o previsto. Esperamos não ter que usar nada disso, mas, se for preciso, as equipes estão preparadas. Apesar da quantidade de gente aqui, não vai se trabalhar com a calma de hoje, porque [essa tranquilidade] está longe de ser a situação que se vê em um episódio real desse tipo", comentou. Ao invés das 300 pessoas presentes à simulação desta manhã, nos dias de jogos na Arena Pernambuco um total entre 500 e 800 funcionários estarão envolvidos nessa operação.


Simulação de ataque químico na Arena Pernambuco (Foto: Marjones Pinheiro / TV Globo)Equipe prepara vítimas para transferência de helicóptero
Simulação de ataque químico na Arena Pernambuco (Foto: Marjones Pinheiro / TV Globo)Pacientes graves passarão por desinfecção total antes de seguir para hospitais
Simulação de ataque químico na Arena Pernambuco (Foto: Marjones Pinheiro / TV Globo)Remoção poderá ser feita por helicóptero ou ambulância, com equipes do Samu e da PRF
 

Nenhum comentário: