Eles são contra mudanças nas regras para demarcação de terras.
Grupo subiu em marquise na terça e também integrou ato na área central.
Cacique guarani Adolfo Timóteo, durante protesto no DF
Com faixas e cartazes, os manifestantes passaram parte da tarde no local, aguardando um retorno de lideranças indígenas com representantes do Legislativo. Enquanto esperavam, cantaram e dançaram no gramado.
Policiais militares formaram um cordão de isolamento entre o espelho d’água e o prédio para evitar que, à exemplo do que ocorreu na terça, eles subissem na marquise do prédio. A ação ocorrida pela manhã foi pacífica e terminou sem depredação às obras ou feridos.
"Estamos aqui pois nosso território está ameaçado. Nos sentimos desrespeitados e atacados, principalmente pelo agronegócio", afirmou na ocasião Sonia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.
Cordão
formado por policiais militares para evitar que indígenas voltassem a
ocupar marquise do Congresso Nacional
Durante o confronto, o Batalhão de Choque chegou a lançar gás lacrimogêneo contra os manifestantes. "A gente não se assustou muito com a polícia ontem. Nís vivemos isso no dia a dia dos nosso estados", disse Cláudio Carmona da etnia guarani.
O cacique Timóteo disse ainda que a PM agiu de forma truculenta. "Nosso objetivo era chegar até o estádio pacificamente. Mas eles [Polícia Militar] quebraram o acordo, ficaram com medo, por que a imagem que eles tem é de que somos selvagens."
Contra o Mundial
O protesto contra a Copa em Brasília teve início por volta das 17h, quando integrantes de movimentos sociais se concentraram na Rodoviária do Plano Piloto para criticar os gastos públicos na Copa e reclamar de problemas nas áreas de habitação, saúde e educação.
Índio mira flecha na direção do Estádio Nacional de Brasília, durante protesto contra a Copa
O ato também reuniu familiares do auxiliar de serviços gerais Antônio de Araújo, que desapareceu no dia 27 de maio de 2013, após uma abordagem policial na cidade satélite de Planaltina, e os indígenas, que mais cedo haviam ocupado a marquise do Congresso Nacional.
saiba mais
Após a concentração no terminal, os manifestantes saíram em marcha pelo Eixo Monumental em
direção ao Estádio Nacional Mané Garrincha. A Polícia Militar diz que
os manifestantes aproveitaram madeiras e pedras de restos de obras na
Feira da Torre de TV, ponto turístico que fica próximo ao estádio, para
tentar agredir os policiais.Na tentativa de evitar que o grupo se aproximasse da arena, os 900 policiais mobilizados para o protesto passaram a disparar bombas de gás lacrimogêneo.
O protesto ocorreu durante dia de visitação pública à Taça da Copa do Mundo, que encerra, em Brasília, um tour pelas cidades-sedes do evento da Fifa. O ex-jogador e tetracampeão mundial Bebeto participou da exposição no estacionamento do Estádio Mané Garrincha. Alegando falta de segurança, a organização do evento fechou o o acesso do público assim que os manifestantes começaram a entrar em confronto com a PM.
De acordo com o Conselho Indigenista de Missionários, dois índios também ficaram feridos com bombas de gás lacrimogêneo disparadas pelo Batalhão de Choque. A manifestação terminou com duas pessoas presas: uma desacato à autoridade e outra por dano ao patrimônio.
Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública, os policiais militares agiram “estritamente dentro do protocolo previsto em casos de manifestações”. A pasta disse que o ato foi contido no limite da área de visitação da Taça da Copa do Mundo e que preservou a integridade física dos participantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário