Por Valmir Fonseca
Recentemente, palestramos sobre “A Segurança Nacional”.
Foi em Unaí/ MG, no respeitado e promissor Instituto de Ensino Superior
Cenecista (INESC).
Assunto amplo, difícil e indigesto de abordar, em
especial para jovens universitários, na atualidade mais ligados aos temas que
trazem retorno profissional e financeiro.
Contudo, tecemos comentários que poderão ser úteis no
futuro, caso os jovens cidadãos, e quem sabe futuras autoridades brindadas aos
altos postos e cargos ungidos pela égide da meritocracia, estejam às voltas com
assuntos da maior relevância como a Segurança e a Soberania Nacionais.
Na esperança de que os futuros lideres possam separar o joio
do trigo, os interesses do Estado, de seus particulares ou de partidos, ou
ideológicos, buscamos alertá - los de que deveria predominar sempre
nos seus estudos e decisões a máxima da preservação da nossa Pátria.
Destacamos a importância da Soberania como algo etéreo,
impalpável, mas que simploriamente pode ser entendido como uma espécie de
direito concedido a alguém ou a alguma coisa.
Portanto, foi oportuno destacar que a Soberania Nacional
é o bem maior a ser preservado, e hoje, sob a celebração de uma globalização
irreversível, os Estados são praticamente obrigados a assinar acordos, tratados
e convenções de toda a ordem, e somente nacionais esclarecidos poderão avalizá
- los de maneira correta, para não subordiná - la a premissas inconfessáveis.
Proliferam neste contexto, tratados, acordos
internacionais ou regionais, e, portanto, cabe às autoridades devidamente
preparadas concordar, se for o caso, com limitações àqueles instrumentos na
certeza de que não serão ameaçadores à Soberania Nacional.
Mesmo quando as decisões possam estar envoltas em
inocente boa vontade, o passo pode ser tão desastroso que se afigurará como
mais um empecilho para a Soberania da Nação e, por conclusão óbvia, para a
Segurança da Pátria.
Uma serie de medidas equivocadas e decretos tornam a
questão crucial para o futuro da Nação, quando postas nas mãos de deploráveis
autoridades, que ocupam os altos postos e cargos pelas esdrúxulas vias do
compadrio e de outras maracutaias, totalmente opostas à meritocracia.
Uma vez escrevemos que determinadas questões de interesse
nacional somente poderiam ser aprovadas caso houvesse a decisão unânime de todo
o Congresso e mais um, num claro exagero em preservar a nossa Soberania e o
nosso Território.
É inacreditável admitir - se que na canetada de
um indivíduo se possa causar qualquer mossa, por mínima que seja ao Estado
Nacional, pelo enfraquecimento de sua Soberania e pelo leiloamento do
território nacional.
No entanto, é o que tem acontecido. E muitas vezes as
posições adotadas referem - se não aos interesses nacionais, mas aos desígnios
pessoais e até imposições ideológicas.
O Plenário aprovou, por 270 votos a 1, o Projeto de Lei
Complementar 276/02, do Executivo, que permite ao presidente da República
delegar ao ministro da Defesa a concessão de permissão para o trânsito e a
permanência temporária de forças estrangeiras no Brasil, sem autorização do
Congresso Nacional.
Aparentemente, a medida vai permitir que durante a Copa,
militares de outras nações, para evitar as manifestações e os atos de
vandalismo público, corriqueiros em nosso contexto rumo ao caos, atuem em
nossas ruas, e, logicamente, sobre os nossos cidadãos.
Destacamos que a estúpida permissão instituiu mais uma
agressão à Soberania Nacional, e é uma declaração clara de nossa incompetência
na Segurança Pública.
Assim, enfatizamos que uma conquista fundamental do
Estado Brasileiro é a sua Soberania, estando subentendidos os conceitos de
manutenção da integridade territorial, a preservação da democracia e suas
instituições e a preservação do patrimônio, material e cultural.
Tentamos incutir nos jovens, que caminhamos para a nossa
debacle total, e que nada restará da nossa dignidade, da nossa honra, uma vez
que convivemos graciosamente com a impunidade, e que nada teremos para brandir
em defesa de nossa Soberania, pois aplaudimos terroristas e elegemos
subversivos.
Fatalmente, como um terrível retrato de nossa
desembestada sociedade, nós temos uma gritante carência de cidadãos íntegros
que poderiam corajosamente salvaguardar a nossa Nação.
Pouco importa para os inefáveis cafajestes, se o nosso
futuro vai sendo fragorosamente demolido, e a tal de Soberania nada mais é do
que uma ultrapassada relíquia, que deve ser substituída por algo mais maleável
e menos grandioso.
Com razão, para aquele seleto auditório, abrimos o
coração, na esperança de que os jovens “cenecistas” fiquem atentos aos
malefícios que nos circundam, e que com a sua fibra expurguem e substituam os
abomináveis destruidores do nacionalismo e do amor à Pátria, antes que esta Terra
se torne um improdutivo latifúndio comunista.
Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General de Brigada,
reformado.
Postado por Jorge
Serrão às 09:28:00
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