A política brasileira é tão estapafúrdia, em parte devido à legislação eleitoral e partidária, que não dá para estranhar QUASE mais nada.
Mas confesso que fiquei estarrecido quando percebi comemorações, nas hostes do PSB do presidenciável Eduardo Campos, pelo fato de ele ter finalmente recebido o apoio de um governador… do PSB!
No caso, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
O que deveria ser absolutamente natural em uma democracia normal não é na democracia esquizofrênica que temos “neztepaiz”.
O que ocorria é que Casagrande — o segundo nome mais importante do PSB e um dos cinco governadores do partido — vinha negociando com o PT para formar uma chapa comum no Estado. O PT talvez tivesse o vice e o candidato ao Senado. Se acontecesse a chapa comum, o governador — vejam vocês!!! — ficaria neutro na eleição presidencial, quando o candidato de seu partido é de OPOSIÇÃO ao governo Dilma.
O governador teve bom senso suficiente para dar um breque na coisa e agora partiu para o extremo oposto — começa a conversar com o PSDB, buscando unir a oposição ao governo Dilma entre os capixabas.
Casagrande ficou irritado porque o PT, em meio às negociações com ele próprio, começou a flertar com o popular ex-governador Paulo Hartung, um ex-tucano que o PSDB conseguiu deixar sair para o PMDB. O PMDB capixaba ainda não decidiu sua vida, porque, apesar da pré-candidatura de Hatung, o senador Ricardo Ferraço defende uma aliança com Casagrande.
Viram que tremenda salada mista?
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