Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
Na primeira reunião da CPI da Petrobras no Senado, o governo instalou nesta quarta-feira dois parlamentares de confiança para conduzirem as investigações sobre a estatal: Vital do Rêgo (PMDB-PB) irá presidir o colegiado e José Pimentel (PT-CE) será o relator. Para assegurar o controle total, o Palácio do Planalto ainda escalou Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), suplente da ministra Marta Suplicy (Cultura), como vice-presidente da comissão.
Com apenas
três das treze cadeiras na comissão do Senado, a oposição ainda tenta
emplacar uma CPI mista, com deputados e senadores, também destinada a
apurar irregularidades na estatal petroleira. A avaliação é que, como na
Câmara a base da presidente Dilma Rousseff é mais instável, o governo
teria mais dificuldade em tutelar a comissão. PSDB e DEM chegaram a se
recusar a indicar membros para a CPI do Senado, o que levou o presidente
da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a escolher pessoalmente ontem os
representantes da oposição.
Dos três
senadores apontados por Renan – Cyro Miranda (PSDB-GO), Lúcia Vânia
(PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO) – os dois últimos já declinaram da
indicação. Com isso, o presidente do Senado deverá apontar novos nomes
para compor o grupo de investigação.
Ao longo
de 180 dias, caberá à CPI apurar irregularidades envolvendo a Petrobras
ocorridas entre 2005 e 2014, a compra da refinaria de Pasadena, no
Texas, além de suspeitas de lançamento de plataformas inacabadas,
pagamento de propina a funcionários da petrolífera e indícios de
superfaturamento em obras. Ainda nesta quarta-feira, a CPI da Petrobras
no Senado pretende se reunir para aprovar o plano de trabalho e os
primeiros requerimentos para ter acesso a documentos e ouvir autoridades
ligadas à empresa.
Pela
manhã, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli adiou a
audiência na Câmara sobre a compra da refinaria de Pasadena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário