Por Nilson Borges Filho (*) BLOG do Aluizio Amorim
O
desespero bateu às portas da campanha petista. O baixo nível do programa
do partido governista chegou ao fundo do poço, seja como peça de
propaganda enganosa, seja pelo seu conteúdo ridículo e boçal. O
todo-poderoso e “genial” publicitário João Santana perdeu as estribeiras
e partiu para a ignorância. Dilma perdeu mais votos do que ganhou com a
peça publicitária, ao trazer o elemento “medo” para atacar a oposição.
Entre
os que formam opinião, todos são unânimes em afirmar que Dilma e o PT
deram um tiro no pé. Tipo de coisa do burro com iniciativa. A presidente
continua perdendo eleitores, principalmente entre aqueles que
acreditavam na esperança petista. Depois de quase 12 anos de
desgovernos, as pesquisas de opinião demonstram, a cada levantamento,
que o prestígio de Dilma desaba, até mesmo entre as classes menos
favorecidas e nas suas diversas faixas etárias.
Partidos
aliados não escondem o desconforto em participar de um governo que
perdeu totalmente o rumo. O PMDB, protagonista do consórcio que dá apoio
ao governo federal, está dividido em alguns estados. Jarbas Vasconcelos
e Pedro Simon, peemedebistas históricos do Rio Grande do Sul e de
Pernambuco, já tornaram públicas suas opções pela candidatura de Eduardo
Campos do PSB.
No
Ceará, é bem possível que o PMDB de Eunício de Oliveira feche com o
candidato Aécio Neves do PSDB. O PP dá sinais de que desembarcará da
base aliada e acompanhará Aécio em nível nacional, já que em Minas
Gerais os pepistas apoiam o candidato Pimenta da Veiga ao governo
mineiro. No Rio de Janeiro, o candidato à reeleição Pezão e o
ex-governador Sérgio Cabral, afagam Dilma, mas não escondem suas
preferencias pelo candidato do PSDB.
O
eleitor médio brasileiro já se deu conta do engodo Dilma Rousseff e está
ciente de que o lulopetismo perdeu o prazo de validade. Pesquisas
internas da campanha aecista confirmam que diminuiu em muito a
diferença das intenções de votos entre Dilma e Aécio. Votos que estavam
na cota dos indecisos, hoje já se percebe que existe uma migração para
as candidaturas oposicionistas, com Aécio Neves capitalizando os mais
descontentes.
O PT
entendeu que o “Volta, Lula” não seria uma boa ideia, pois não estaria
descartada uma derrota do ex-presidente, o que traria sérias
consequências para o futuro do partido. As hostes petistas chegaram à
conclusão de que o melhor ainda seria apostar na reeleição de Dilma.
Caso Dilma se reeleja os méritos ficarão com Lula.
Saindo
derrotada do pleito presidencial, a culpada seria a própria Dilma que
não soube ouvir as sugestões do seu inventor. Lula sairia por cima,
independentemente dos resultados das urnas em outubro próximo. Assim, o
“Volta, Lula” ficaria para 2018. Desde, é claro, se a saúde ajudar o
ex-presidente.
No
atual quadro, a candidatura de Aécio Neves se apresenta com ótimas
chances de obter êxito. Corrupção da Petrobras e em outros órgãos do
governo, inflação nas alturas, empobrecimento da classe média, uma carga
tributária obscena, o crime organizado assumindo o papel do Estado,
vagabundos assaltando e matando pessoas de bem, hospitais públicos em
completo abandono, universidades federais desacreditadas e o setor
produtivo sofrendo com a ganância tributária do Estado são os
ingredientes que os anos petistas deixaram como herança.
(*)Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e articulista colaborador deste blog.
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