quarta-feira, 14 de maio de 2014

Com nova queda, nível do Sistema Cantareira chega a 8,4%





Falta de chuvas nos últimos meses tem agravado situação na Grande SP.


Em maio, reservatório perdeu 2,1% e teve 0,7 mm de chuva.

Do G1 São Paulo
Represa Jaguari-Jacareí no interior de São Paulo, na divisa com sul de Minas Gerais. Responsável pelo abastecimento de metade de toda a Grande São Paulo, o sistema Cantareira registrou nesta quarta-feira, 30, novo recorde negativo (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo)Represa Jaguari-Jacareí no interior de São Paulo, na divisa com sul de Minas Gerais. 
 
 
O nível acumulado de água no Sistema Cantareira, que abastece a população da Grande São Paulo, teve mais uma queda nesta quarta-feira (14) e chegou a 8,4%, segundo medição divulgada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em maio, o reservatório perdeu 2,1 pontos percentuais de sua capacidade. Nas primeiras duas semanas do mês, choveu apenas 0,7 milímetro na região.


A água do Sistema Cantareira, segundo Vicente Andreu, diretor-residente da Agência Nacional de Águas (ANA), irá durar, ao menos, até novembro. A agência e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAAE) fazem reuniões com empresas de saneamento, indústria, agricultura e outros setores atingidos pela estiagem para saber como cada área se prepara para um eventual agravamento da seca.
Diante da falta de chuvas, o governo paulista decidiu antecipar o uso da água acumulada no fundo do Cantareira, o chamado "volume morto". O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a reserva começará a ser utilizada pela Sabesp na quinta (15).

A água é perfeita. O volume não é morto, (...) ele só não era utilizado. (...) Não vai ter nenhuma mudança na técnica da Sabesp, a água é a mesma"
 
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo
 
 
O volume morto tem 400 milhões de metros cúbicos de água, que fica abaixo do nível das comportas. A quantidade suficiente para elevar o nível do sistema em 18,5%, segundo estimativa dos técnicos da Sabesp.

"A água é perfeita. O volume não é morto, (...) ele só não era utilizado", disse Alckmin nesta manhã. "Não vai ter nenhuma mudança na técnica da Sabesp, a água é a mesma", disse.

Essa parte do reservatório nunca foi usada porque o sistema de bombeamento não chegava a essa profundidade. Desde 17 de março, a Sabesp faz um serviço emergencial para retirar água do fundo dos reservatórios. Segundo a companhia, o "volume morto" poderá abastecer a Grande São Paulo por quatro meses. A obra está orçada em R$ 80 milhões.

"Dos 400 milhões de metros cúbicos, só vai utilizar 182 milhões. Isso daria para superar, para passar o período do inverno", disse Alckmin.

Desde 1° de abril, o governo aplica um sistema de "bônus" para quem economizar água em 31 cidades da Região Metropolitana. Os consumidores que reduzirem em 20% o uso de água terão desconto de 30% no valor da conta.


Volume morto concentra cerca de 28% da capacidade do sistema. Serão usados 18,2%. (Foto: Reprodução/TV Globo) 
 
Volume morto concentra 28% da capacidade. Serão usados 18,2%. "Reserva técnica" fica abaixo do nível das comportas e bombas flutuantes serão usadas na captação.

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