quarta-feira, 14 de maio de 2014

Acusado de matar menino Miguel, em Taguatinga, vai a júri popular

De acordo com a denúncia, o acusado, que também é professor de jiu-jitsu, teria agredido o menor causando-lhe as lesões que foram causa de sua morte

 
Está marcada para esta quarta-feira (14), às 13h, a primeira audiência de instrução do processo movido pelo Ministério Público contra Daryell Dickson Menezes Xavier. O réu é acusado de matar o enteado Miguel, de 1 ano e 11 meses de idade.



De acordo com a denúncia, o acusado, que também é professor de jiu jitsu, teria agredido o menor, causando-lhe as lesões que foram causa de sua morte, ocorrida em 29/03/2014. 


O crime teria sido praticado por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.


Além do crime de homicídio, o acusado foi denunciado também pela prática de crime sexual contra vulnerável, agravado em razão de ter se prevalecido de relações de coabitação com a vítima.


Na audiência de amanhã, o juiz do Tribunal do Júri pretende ouvir as 15 testemunhas arroladas, entre defesa e acusação.

O processo corre em segredo de justiça e, sendo assim, não será permitido acesso à audiência a partes estranhas ao processo.

Entenda o caso

A criança deu entrada em um hospital particular de Taguatinga na noite da última quinta-feira (27) após uma convulsão. Enfermeiros notaram sinais de supostas agressões e violência sexual e acionaram a polícia. Na manhã do sábado (29), a criança teve uma parada respiratória e não resistiu.


No dia 31 de março, a Polícia Civil expediu mandado de prisão temporária contra Dyrell Dicson Menezes Xavier, 25 anos, padastro da criança, por suspeitar de envolvimento na morte do menino. De acordo com a polícia, a mãe do menino, Gabrielli Baptista Estrela, 23 anos, deixou ele com o padrasto e o meio-irmão de 4 anos - filho de Dyrell – e saiu. Cerca de 40 minutos depois, ela recebeu uma ligação do marido. Segundo ele, a criança teria caído e estava desacordada. 


Durante o depoimento, o padrasto do garoto reforçou várias vezes a hipótese de queda e afirmou que “manteria a sua versão até o fim”. Foi quando a polícia suspeitou de que havia algo errado. Segundo ela, Dyrell em nenhum momento foi acusado de ter batido no garoto, mas mesmo assim, negava que isto tivesse ocorrido. Além disso, um familiar da vítima teria afirmado que o garoto ultimamente rejeitava o padrasto. “Ela disse que teve que ficar com a criança, três dias antes do ocorrido, porque ela não queria voltar para casa”, conta a delegada.


O filho de Dyrell, de 4 anos, foi encaminhado para perícia. O exame constatou algumas lesões pelo corpo do garoto. O menino teria contado a mãe que sofreu agressões por parte do pai. Ele será ouvido, pela delegacia especializada, como testemunha do crime. 


Fonte: Da Redação do Jornal de Brasília com informações do TJDFT

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