quarta-feira, 14 de maio de 2014

André Vargas deixa licença e retoma mandato parlamentar



O deputado André Vargas (sem partido-PR) enviou ofício à Secretaria Geral da Mesa da Câmara informando que a partir desta quarta-feira retoma o mandato parlamentar. Vargas é alvo de processo no Conselho de Ética, desfiliou-se do PT e corre o risco de ser cassado por mentir sobre seu relacionamento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro bilionário.


“Valho-me do presente expediente, a fim de informar a Vossa Excelência que na data de hoje estou retomando meu mandato parlamentar solicitando a interrupção da licença que se findará em 05.06.2014, bem como a reinserção e ativação dos dados para fins de atuação efetiva nas Comissões e Plenário, a fim de que se verifique o pleno exercício do mandato parlamentar”, afirma a nota.


Apesar de ter encaminhado o ofício, André Vargas ainda não foi visto na Câmara. Em seu gabinete, a assessoria não informa o motivo da volta repentina ao trabalho e nem os próximos passos de sua defesa no Conselho de Ética. 


Ontem, o deputado foi notificado do processo aberto contra ele. Como não foi localizado pelos representantes do colegiado, a notificação foi publicada no Diário Oficial da União. Ele terá até dez dias úteis para apresentar a sua defesa por escrito. Depois, caberá ao deputado Júlio Delgado (PSB-MG), relator do processo, fazer um relatório com a punição prevista. Após isso, o Conselho de Ética votará pelo acolhimento ou não da punição. Em caso de cassação, a palavra final será do plenário, que se reunirá para decidir em voto aberto.


Também na terça-feira, a Justiça Federal no Paraná determinou o envio ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, da parte da investigação da Operação Lava Jato na qual André Vargas é citado. Com a decisão, caberá ao STF apurar a relação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef.


Terra

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