O deputado
André Vargas (sem partido-PR) enviou ofício à Secretaria Geral da Mesa
da Câmara informando que a partir desta quarta-feira retoma o mandato
parlamentar. Vargas é alvo de processo no Conselho de Ética,
desfiliou-se do PT e corre o risco de ser cassado por mentir sobre seu
relacionamento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal
na Operação Lava Jato acusado de chefiar um esquema de lavagem de
dinheiro bilionário.
“Valho-me do presente expediente, a fim de informar a
Vossa Excelência que na data de hoje estou retomando meu mandato
parlamentar solicitando a interrupção da licença que se findará em
05.06.2014, bem como a reinserção e ativação dos dados para fins de
atuação efetiva nas Comissões e Plenário, a fim de que se verifique o
pleno exercício do mandato parlamentar”, afirma a nota.
Apesar de ter encaminhado o ofício, André
Vargas ainda não foi visto na Câmara. Em seu gabinete, a assessoria não
informa o motivo da volta repentina ao trabalho e nem os próximos
passos de sua defesa no Conselho de Ética.
Ontem, o deputado foi notificado do
processo aberto contra ele. Como não foi localizado pelos representantes
do colegiado, a notificação foi publicada no Diário Oficial da União.
Ele terá até dez dias úteis para apresentar a sua defesa por escrito.
Depois, caberá ao deputado Júlio Delgado (PSB-MG), relator do processo,
fazer um relatório com a punição prevista. Após isso, o Conselho de
Ética votará pelo acolhimento ou não da punição. Em caso de cassação, a
palavra final será do plenário, que se reunirá para decidir em voto
aberto.
Também na terça-feira, a Justiça Federal no Paraná
determinou o envio ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Joaquim Barbosa, da parte da investigação da Operação Lava Jato
na qual André Vargas é citado. Com a decisão, caberá ao STF apurar a
relação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef.
Terra
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