15/05/2014 11h37
- Atualizado em
15/05/2014 13h54
Estrada foi fechada por cerca de uma hora para quem chegava a São Paulo.
Marginais Pinheiros e Tietê sofreram bloqueios por movimentos sociais.
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A Rodovia Anhanguera e as marginais Pinheiros e Tietê estiveram entre
os principais pontos de bloqueio realizados por integrantes de
movimentos sem-teto e sindicatos nesta quinta-feira (15). Os
manifestantes criticaram gastos com a Copa do Mundo e cobraram moradia e
aumentos salariais. Os atos ocorreram em diversas regiões da cidade,
incluindo as imediações da Arena Corinthians. Não foram registrados
confrontos com a Polícia Militar (PM).(O G1 acompanha os atos convocados para esta quinta-feira em tempo real, com fotos e vídeos.)
A corporação avalia que 4 mil pessoas participaram dos atos. Os protestos ocorreram em ao menos 9 pontos da cidade de São Paulo.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizou ato em cinco pontos da cidade. A Força Sindical também fez protestos e reuniu trabalhadores em quatro endereços. Outra entidade que também realizou ato nesta manhã foi o sindicato que representa funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Por volta das 12h30, funcionários terceirizados dispensados dos Telecentros municipais bloquearam parte da Avenida Paulista. No horário, os metroviários ainda faziam passeata por avenidas Centro.
Nesta tarde, há ainda convocação para protestos de professores e ato de coletivos contrários à Copa do Mundo para o começo da noite, na Avenida Paulista.
Anhanguera interditada
Nesta manhã, a primeira interdição realizada pelos sem-teto foi na Rodovia Anhanguera. O bloqueio, no sentido São Paulo, ocorreu no km 19 e durou cerca de uma hora. A PM diz que 200 pessoas participaram do ato que durou menos de uma hora, sendo encerrado pouco antes das 8h.
Caminhada pela Pinheiros
Pouco depois, sem-teto se reuniram na Avenida Interlagos e caminharam depois pela Marginal Pinheiros, rumo a Ponte do Socorro. Na ponte, eles se encontraram com metalúrgicos ligados à Força Sindical, que já ocupavam a via. A ponte foi liberada às 10h40.
A Pinheiros também foi interditada com bloqueio de pneus incendiados poucos metros antes da Ponte João Dias. Policiais precisaram ajudar motoristas a dar marcha à ré para sair da pista local e acessar a pista expressa.
Do outro lado da cidade, na Marginal Tietê, houve dois pontos de interdição pela manhã. A principal ocorreu nas imediações da Ponte Estaiadinha, oficialmente conhecida como Ponte Orestes Quércia. Lá, sem-teto colocaram fogos em pneus e bloquearam a pista local. Depois, seguiram para a Estação da Luz.
De acordo com Josué Rocha, representante do MTST, cerca de 300 pessoas participaram do ato que fechou a Tietê, passou pela Avenida Tiradentes e chegou à Luz. "A gente não é contra a Copa do Mundo. Mas a gente não concorda com os gastos exagerados enquanto os problemas sociais são deixados de lado", disse.
Protesto em Itaquera
Moradores da ocupação "Copa do Povo" seguiram em caminhada desde as imediações do Parque do Carmo até as vizinhanças do estádio do Itaquera. Segundo a PM, cerca de mil pessoas participaram do ato.
Tendo as imediações da Arena como destino, o MTST negou qualquer intenção de depredação no estádio. Um dos coordenadores do MTST, Guilherme Boulos, afirmou que não haveria tentativas de vandalismo. "O objetivo não é fazer provocações. Falamos com a Gaviões e respeitamos o patrimônio do Corinthians. O objetivo é chamar atenção para as nossas pautas", disse.
Outros pontos de interdição
A Avenida Interlagos foi um ponto de concentração de sem-teto, que saíram em caminhada pela Marginal Pinheiros por volta das 8h15, rumo à Ponte do Socorro.A ponte foi interditada até 10h40, por ato conjunto de sem-teto e metalúrgicos.
Os metalúrgicos da Força Sindical ainda fecharam a Avenida Juntas Provisórias, na região do Ipiranga, o Viaduto Domingos de Moraes (acesso para a Rodovia Anhanguera) e ruas da Mooca. Os sem-teto também fecharam a Avenida Giovanni Gronchi, na Zona Sul, e a estrada de Itapecerica.
Ato na Avenida Paulista
Os cerca de cem manifestantes que ocupam a Avenida Paulista sentido Consolação, próximo à Rua Itapeva desde as 11h20 são funcionários do Instituto Idort, que era responsável pela gestão dos telecentros da capital. Eles fazem reivindicações trabalhistas. Os centros estão fechados desde terça-feira (1º) por problema na renovação dos contratos. Os espaços oferecem oficinas, cursos e acesso gratuito à internet.
O Tribunal de Contas do Município (TCM) suspendeu, em janeiro, a licitação para renovar os contratos de prestação de serviços de operação e manutenção dos telecentros. Por isso, a Prefeitura decidiu, então, prorrogar os contratos com as empresas Zênega e Instituto Idort, que já prestavam o serviço. O contrato da Zênega foi prorrogado até junho, mas não pôde fazer o mesmo com o Idort, porque o instituto não apresentou a documentação comprovando a regularidade fiscal.
Em nota divulgada na quarta-feira (14), O Idort afirmou que a Prefeitura de São Paulo não efetuou o pagamento dos serviços prestados no período de 18 de fevereiro a 31 de março e nem esclareceu porque não o faz, prejudicando mais ainda as centenas de funcionários que trabalhavam no programa.
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