quinta-feira, 15 de maio de 2014

TSE manda PT substituir propaganda que tem Dilma como protagonista


Advogado do partido informou que peça não será mais exibida na TV.


Na propaganda, Dilma cita que pode fazer o Brasil 'mudar mais e melhor'.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
 
A ministra Laurita Vaz, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), suspendeu a exibição e determinou a substituição de propaganda partidária do PT que tem a presidente Dilma Rousseff como protagonista.

A decisão foi tomada na terça (13) e divulgada nesta quarta-feira (14). Pelo calendário das inserções partidárias do TSE, o partido terá direito a três minutos de propaganda partidária durante esta quinta-feira (15).

Segundo o advogado Márcio Silva, que defende o PT na área eleitoral, a propaganda chegou a ser reexibida na terça, mas, após a notificação judicial, foi substituída e não será mais exibida.

A determinação foi motivada por representação apresentada pelo PSDB na segunda (12). O partido de oposição questionou propaganda veiculada no último dia 6 de maio, no qual Dilma diz que "quem foi capaz de fazer o Brasil mudar tanto é capaz também de fazer o Brasil mudar mais e melhor" e "vamos continuar fazendo o Brasil avançar. Não vamos recuar no nosso compromisso de reformar a política".

Na peça apresentada no lugar da propaganda suspensa, o PT diz que o "Brasil não quer voltar atrás" e não pode deixar que "fantasmas do passado voltem". Os adversários de Dilma na disputa presidencial criticaram também a nova propaganda.


Ao suspender a propaganda com Dilma como protagonista, a ministra Laurita Vaz rejeitou o pedido para que Dilma fosse multada em até R$ 25 mil por propaganda eleitoral antecipada. Laurita considerou apenas que a propaganda fere a Lei dos Partidos Políticos, que estabelece que a propaganda partidária deve ser usada para apresentar os ideais da legenda.


"Mesmo que o teor das peças não imponha, como pretende o representante, a conclusão de tratar-se de 'nítido ato de propaganda eleitoral extemporânea' , prenunciando a 'candidatura, apenas postulada' da segunda representada, ou induza expressamente à ideia de ser ela 'a mais apta ao exercício de função pública' , os contornos peculiares das inserções questionadas nestes autos, sob o pretexto da disseminação de feitos do atual Governo Federal, sinalizam, ainda que de forma dissimulada, para a sua continuidade", diz a ministra.

O plenário do TSE ainda terá que analisar se houve ou não propaganda antecipada no caso.

Nenhum comentário: