quinta-feira, 15 de maio de 2014

Conselho de Ética abre processo contra Argôlo, que deveria mudar de ramo



Por Adriana Pereira e Laryssa Borges, na VEJA.com. Volto em seguida.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar instaurou nesta quinta-feira processo disciplinar para apurar a ligação do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato da Polícia Federal. Na reunião, foram sorteados três deputados que poderão atuar como relatores do caso: Cesar Colnago (PSDB-ES), Izalci (PSDB-DF) e Marcos Rogério (PDT-RO) – um deles assumirá a função até esta sexta-feira.


Conforme revelou VEJA, a Polícia Federal encontrou registros de repasse de recursos de Youssef para Argôlo. Em conversas telefônicas interceptadas pelos policiais, Youssef é frequentemente cobrado por um interlocutor identificado como “LA”, que pressiona para receber pagamentos. Em uma mensagem de 16 de setembro do ano passado, por exemplo, o doleiro recebe orientação para enviar dinheiro para o apartamento funcional de Argôlo em Brasília. 

Contra Argôlo, também pesam suspeitas de que ele tenha recebido dois caminhões de bezerros do doleiro. Em um dos grampos telefônicos, o deputado repassa uma conta bancária para receber depósito de 110.000 reais.


Na noite desta quarta-feira, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu remeter ao Conselho de Ética mais um pedido de investigação aberta contra Luiz Argôlo, de autoria do deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS. Como o PSOL também apresentou representação contra o deputado, as duas tramitarão em conjunto no colegiado.


Comento
O deputado Argôlo deveria deixar pra lá esse negócio de política e ir cuidar da vida pessoal. Por mais que se possa supor ou desconfiar que seus negócios com  Alberto Youssef digam respeito a assuntos da vida privada de ambos, o fato é que Youssef é um homem que se mete em questões públicas muito complicadas.


Por Reinaldo Azevedo

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