Tudo na mesma
Nas eleições de 2010 foi formada uma grande frente para construir um novo caminho para o Distrito Federal, que significasse um rompimento radical com o passado. A união de vários partidos, com o PT à frente, possibilitou a vitória do governador Agnelo Queiroz e dos senadores Cristovam Buarque e Rodrigo Rollemberg, além da eleição de expressivas bancadas na Câmara dos Deputados e na Câmara Legislativa.Esperava-se que assim fossem superadas velhas práticas de governar e velhos métodos de fazer política que levaram nossa cidade a ser protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção do país, que levou ao afastamento do governador e do vice-governador e os brasilienses a uma progressiva perda da qualidade de vida.
Já no início deste governo pudemos constatar que nada mudaria em relação aos governos anteriores, de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Permaneceram em vigor o patrimonialismo e a fisiologia, as alianças espúrias, a submissão aos interesses dos empreiteiros e do mercado imobiliário, a falta de prioridade a setores essenciais, como a educação, a saúde, a segurança e a mobilidade urbana.
Além disso, o atual governo manteve práticas incompatíveis com a transparência e a ética que se espera de governantes que prometem mudanças. Há inúmeras denúncias de corrupção, de mau uso do dinheiro público, de superfaturamentos de obras e de compras. Nenhuma respondida convincentemente.
Não é possível que quando temos tantos problemas em áreas básicas para a qualidade de vida da população, tenhamos um governo que tem como principal obra e marca um estádio com porte superestimado e custo superfaturado.
Por isso é preciso, no Distrito Federal, uma mudança radical. Com um governo à altura dos brasilienses.
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