15 de maio de 2014 | 14h 58
Agência Estado
Ao rebater as críticas que o ex-presidente Lula (PT) fez
a setores que torcem pelo fracasso da Copa do Mundo no Brasil, o
presidenciável tucano Aécio Neves disse que o petista deve estar
"atormentado". "Talvez seja o ex-presidente atormentado por aquilo que o
ministro Gilberto Carvalho já disse, que seu governo fracassou e falhou
na execução de muitas dessas obras (da Copa)", afirmou Aécio.
Em artigo publicado nesta quinta-feira, 15, no jornal espanhol El País, Lula atacou indiretamente a oposição, dizendo que há "segmentos" que parecem torcer pelo fracasso da Copa para se viabilizarem eleitoralmente. Para Aécio, isso é "uma grande bobagem". "Todos nós somos brasileiros e vamos torcer para que o Brasil vença esta Copa", disse. Contudo, disse que existe um "dado claro": "Grande parte das obras de mobilidade anunciadas pelo governo petista como compromisso ficou pelo meio do caminho".
Nas críticas a Lula e à administração do PT, Aécio destacou que cada vez mais enxerga "um governo muito assustado antes da hora". Ele argumentou que isso é resultado "deste sentimento claro de mudança que permeia toda a sociedade", citando novamente as pesquisas de intenção de voto que indicam que cerca de 70% da população quer mudança.
As afirmações do pré-candidato do PSDB foram feitas no início da tarde desta quinta-feira, 15, no diretório estadual do PSDB, em São Paulo. Ele participou de evento para anunciar o nome do ambientalista Fabio Feldmann na coordenação do programa de meio ambiente do PSDB neste pleito presidencial. Feldmann é ex-colaborador de Marina Silva, hoje vice na chapa de Eduardo Campos (PSB).
15 de maio de 2014 | 8h 45
LONDRES - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
defende que a Copa do Mundo "tornou-se objeto de feroz luta política e
eleitoral no Brasil". Em artigo publicado no jornal espanhol El País,
Lula disse que "à medida que se aproxima a eleição presidencial de
outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e
irracionais". Para Lula, "determinados setores parecem desejar o
fracasso da Copa, como se disso dependessem as suas chances eleitorais".
No artigo "O mundo se encontra no Brasil" sobre o mundial de futebol, Lula diz que "as críticas, naturalmente, são parte da vida democrática". "Quando feitas com honestidade, ajudam a aperfeiçoar a preparação do País", argumenta. "Mas determinados setores parecem desejar o fracasso da Copa, como se disso dependessem as suas chances eleitorais", afirma.
Além de acusar alguns políticos de torcerem contra o mundial, o ex-presidente acusa esses setores de disseminarem informações falsas no País. "Não hesitam em disseminar informações falsas que às vezes são reproduzidas pela própria imprensa internacional sem o cuidado de checar a sua veracidade. O País, no entanto, está preparado, dentro e fora de campo, para realizar uma boa Copa do Mundo - e vai fazê-lo", diz Lula no artigo.
No artigo, Lula lembra da infância e de quando o Brasil ganhou o torneio em 1958 na Suécia. "Eu tinha doze anos, e juntei um grupo de amigos para ouvirmos a partida final num campinho de várzea com um pequeno rádio de pilha", diz. "Eu sonhava em ser jogador de futebol, não presidente do Brasil".
Esquerdismo."Naquela época, o Brasil estava começando a se industrializar, tinha criado a sua própria empresa de petróleo e o seu banco de desenvolvimento, as classes populares reivindicavam democraticamente melhores condições de vida e maior participação nas decisões do país. Mas os setores privilegiados diziam que isso era um erro gravíssimo, fruto de 'politicagem' ou 'esquerdismo'", diz Lula. Na época, explica o ex-presidente, os opositores diziam que "comprovadamente não existia petróleo em nosso território e não tínhamos necessidade alguma de inclusão social e muito menos de uma indústria nacional".
Lula lembrou ainda que naquela época alguns críticos diziam que Brasil era uma nação "atrasada, mestiça e de povo ignorante e preguiçoso". "Segundo um estereótipo muito difundido dentro e fora do País, devia conformar-se com o seu destino subalterno, sem ficar alimentando sonhos irrealizáveis de progresso econômico e justiça social", cita Lula. "Na verdade, não é fácil superar o "complexo de vira-lata". Fomos colônia por mais de 320 anos, e a pior herança dessa condição é a persistência da mentalidade colonizada de servidão voluntária", completa.
Lula diz ainda que a Copa será "uma oportunidade extraordinária para milhares de visitantes conhecerem mais profundamente o que o Brasil tem de melhor: o seu povo". "A importância da Copa do Mundo não é apenas econômica ou comercial. Na verdade, o mundo vai se encontrar no Brasil a convite do futebol. Vai demonstrar novamente que a ideia de uma comunidade internacional pacifica e fraterna não é uma utopia", completa o artigo.
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Em artigo publicado nesta quinta-feira, 15, no jornal espanhol El País, Lula atacou indiretamente a oposição, dizendo que há "segmentos" que parecem torcer pelo fracasso da Copa para se viabilizarem eleitoralmente. Para Aécio, isso é "uma grande bobagem". "Todos nós somos brasileiros e vamos torcer para que o Brasil vença esta Copa", disse. Contudo, disse que existe um "dado claro": "Grande parte das obras de mobilidade anunciadas pelo governo petista como compromisso ficou pelo meio do caminho".
Nas críticas a Lula e à administração do PT, Aécio destacou que cada vez mais enxerga "um governo muito assustado antes da hora". Ele argumentou que isso é resultado "deste sentimento claro de mudança que permeia toda a sociedade", citando novamente as pesquisas de intenção de voto que indicam que cerca de 70% da população quer mudança.
As afirmações do pré-candidato do PSDB foram feitas no início da tarde desta quinta-feira, 15, no diretório estadual do PSDB, em São Paulo. Ele participou de evento para anunciar o nome do ambientalista Fabio Feldmann na coordenação do programa de meio ambiente do PSDB neste pleito presidencial. Feldmann é ex-colaborador de Marina Silva, hoje vice na chapa de Eduardo Campos (PSB).
Em artigo no El País, Lula associa críticas à Copa do Mundo a ano eleitoral
No texto, o ex-presidente defendeu que o Brasil está pronto 'dentro e fora de campo' para receber o evento
15 de maio de 2014 | 8h 45
Agência Estado
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No artigo "O mundo se encontra no Brasil" sobre o mundial de futebol, Lula diz que "as críticas, naturalmente, são parte da vida democrática". "Quando feitas com honestidade, ajudam a aperfeiçoar a preparação do País", argumenta. "Mas determinados setores parecem desejar o fracasso da Copa, como se disso dependessem as suas chances eleitorais", afirma.
Além de acusar alguns políticos de torcerem contra o mundial, o ex-presidente acusa esses setores de disseminarem informações falsas no País. "Não hesitam em disseminar informações falsas que às vezes são reproduzidas pela própria imprensa internacional sem o cuidado de checar a sua veracidade. O País, no entanto, está preparado, dentro e fora de campo, para realizar uma boa Copa do Mundo - e vai fazê-lo", diz Lula no artigo.
No artigo, Lula lembra da infância e de quando o Brasil ganhou o torneio em 1958 na Suécia. "Eu tinha doze anos, e juntei um grupo de amigos para ouvirmos a partida final num campinho de várzea com um pequeno rádio de pilha", diz. "Eu sonhava em ser jogador de futebol, não presidente do Brasil".
Esquerdismo."Naquela época, o Brasil estava começando a se industrializar, tinha criado a sua própria empresa de petróleo e o seu banco de desenvolvimento, as classes populares reivindicavam democraticamente melhores condições de vida e maior participação nas decisões do país. Mas os setores privilegiados diziam que isso era um erro gravíssimo, fruto de 'politicagem' ou 'esquerdismo'", diz Lula. Na época, explica o ex-presidente, os opositores diziam que "comprovadamente não existia petróleo em nosso território e não tínhamos necessidade alguma de inclusão social e muito menos de uma indústria nacional".
Lula lembrou ainda que naquela época alguns críticos diziam que Brasil era uma nação "atrasada, mestiça e de povo ignorante e preguiçoso". "Segundo um estereótipo muito difundido dentro e fora do País, devia conformar-se com o seu destino subalterno, sem ficar alimentando sonhos irrealizáveis de progresso econômico e justiça social", cita Lula. "Na verdade, não é fácil superar o "complexo de vira-lata". Fomos colônia por mais de 320 anos, e a pior herança dessa condição é a persistência da mentalidade colonizada de servidão voluntária", completa.
Lula diz ainda que a Copa será "uma oportunidade extraordinária para milhares de visitantes conhecerem mais profundamente o que o Brasil tem de melhor: o seu povo". "A importância da Copa do Mundo não é apenas econômica ou comercial. Na verdade, o mundo vai se encontrar no Brasil a convite do futebol. Vai demonstrar novamente que a ideia de uma comunidade internacional pacifica e fraterna não é uma utopia", completa o artigo.
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