quinta-feira, 15 de maio de 2014

A 28 dias da Copa do Mundo, movimentos vão às ruas protestar contra campeonato


Organizações civis, partidos políticos e ativistas prometem reunir 12 mil pessoas

Da Agência Brasil
 
 
Manifestantes pretendem ocupar os espaços públicos durante o campeonato, como ocorreu em junho do ano passado, na Copa das Confederações 
 
Faltam 28 dias para a Copa do Mundo e estão agendadas manifestações nesta quinta-feira (15) em, ao menos, sete cidades-sede da Copa do Mundo — Rio de Janeiro, Distrito Federal, Fortaleza, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e Salvador, além de Vitória, no Espírito Santo e, Santiago, no Chile. As confirmações pelo Facebook passavam das 12 mil até a noite da última quarta-feira (14).

No portal oficial da Copa 2014, a contagem regressiva é feita em meio ao verde, amarelo e azul da bandeira do Brasil. Já no site do Comitê Popular da Copa de São Paulo, ela é feita em preto, com a pergunta: "Copa pra quem?".

O questionamento expressa a indignação de movimentos sociais, organizações civis, partidos políticos, pessoas atingidas por grandes obras e ativistas que irão às ruas hoje com a bandeira: "Copa sem povo: tô na rua de novo".

As mobilizações deste 15 de maio, intitulado 15M (Dia Internacional de Lutas contra a Copa), foram definidas no início do mês, no Encontro dos Atingidos — Quem Perde com os Megaeventos e Megaempreendimentos, organizado pela Ancop (Associação Nacional dos Comitês Populares da Copa), para denunciar violações de direitos humanos que ocorreram durante a preparação do Mundial.

Os manifestantes pretendem tomar as ruas, como ocorreu em junho do ano passado, quando uma série de atos mobilizou milhares de brasileiros durante a Copa das Confederações.

Em manifesto, ativistas e movimentos que convocaram o 15M apresentam 11 reivindicações, dentre as quais, o arquivamento dos projetos de lei que tipificam crime de terrorismo ou ampliam penas para danos causados durante manifestações.

Os atos também cobram a desmilitarização das polícias, pensão vitalícia para as famílias dos nove operários mortos trabalhando na construção de estádios da Copa, bem como a responsabilização das construtoras.

Os movimentos também reivindicam o fim dos despejos e das remoções forçadas, a realocação de todas as famílias atingidas e a garantia de moradia digna. Defendem a democratização dos meios de comunicação, com ênfase nas transmissões dos jogos, e investimentos em transporte público de qualidade, além da tarifa gratuita nos transportes públicos — pauta que movimentou o País, no ano passado.

Cada cidade tem uma programação própria dos atos, mas a maior parte das passeatas está prevista para o período da tarde.

Mesmo sem greve de trens, protestos devem parar São Paulo nesta quinta-feira

Nenhum comentário: