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Por Valmir Fonseca
O Clube Militar foi
fundado em 26 de junho de 1887, como um grêmio composto das classes militares e
que tinha por objetivo “advogar os seus direitos, dentro da órbita legal”.
Democracia,
Soberania, Unidade Nacional e Patriotismo são seus princípios básicos e balizam
a sua exemplar trajetória.
Desde então, vem
cumprindo os seus propósitos e, legalmente, tem advogado os direitos das
classes militares, e de todos os brasileiros.
No próximo 28 de
maio, teremos a eleição do seu novo Presidente.
Neste marcante
evento é nítido que embalam a todos os vibrantes candidatos muito mais do que
apenas gerir uma entidade social e recreativa, mas advogar legalmente direitos
vilipendiados sob a batuta de um revanchismo vergonhoso.
Que o diga a Lei da
Anistia, que tudo indica será revisada pelo capcioso Congresso.
De fato, o Clube
deverá tornar - se, como no passado, uma voz de capital prestígio para
externar, não apenas as alegrias e satisfações, mas também uma entidade de
credibilidade e respeito, para de viva voz divulgar os anseios e rebater os
atos e as ações, que no atual contexto procuram macular dignas Instituições.
Assim foi no
passado, em ocasiões marcantes da História da Pátria, inclusive na
Contrarrevolução de 31 de março de 1964.
Alguns poderão
antevê - lo como confiável porta - voz de militares da Reserva e Reformados;
que seja, pois aplaudiremos, efusivamente, se assim for.
Dos diversos
candidatos, todos de respeitado passado profissional, alguns com mais
indignação, outros com menos, contudo todos com a determinação contagiante de
na presidência elevar o papel do Clube como representante atuante dos seus
lídimos associados.
Aos militares é
proibida a sindicalização e a constituição de entidades que sejam o seu
instrumento para qualquer tipo de reivindicação.
O Clube Militar não
pretende ser órgão de reivindicações, mas uma entidade que exigirá justiça,
simples assim.
Realmente, todos
concordamos, na esperança de que ao contrário das demais categorias que nas
mãos de pelegos do sindicalismo, pintam e bordam à sombra das leis, o Clube,
não sendo uma associação para pressionar governantes, espera, entretanto, que
suas manifestações sejam ouvidas com atenção e o devido respeito.
Nesta eleição, como
não acontecia há algum tempo, é grande o número de candidatos. Contudo, diante
do tenebroso contexto de perseguição e nojento clima de revanchismo que vivemos
e a falta de atitude dos comandantes militares, certamente, levará vantagens
aquele que na sua chapa evidencie que está determinado a externar a visível
insatisfação que domina o Estamento Militar, em especial os da Reserva.
A acirrada disputa
pela presidência é um flagrante sinal de que difundiu - se no Estamento
Militar, o fato de que as atuais autoridades em função de comando, por vários
motivos, têm sido omissas, e que, portanto, uma respeitável entidade como o
Clube Militar deverá traduzir o grau de insatisfação que grassa entre os da
Reserva e, inclusive, entre parcela da Ativa que está impedida de se
pronunciar.
Conhecemos e
respeitamos todos os abalizados candidatos e todos eles nas suas chapas
prometem conceder ao Clube um papel mais relevante, não somente nas áreas
administrativa, social, cultural e recreativa, mas, principalmente, se
posicionando contra medidas que possam denegrir a Instituição e perseguir os
seus integrantes.
O Clube Militar por
sua importância histórica, elevado conceito e credibilidade deverá sob nova
direção, propiciar aos indefesos “porcos selvagens”, pelo menos um afilado par
de dentes para fincar no traseiro de seus cafajestes perseguidores.
Oxalá, o novo
Presidente tenha o desassombro, a coragem e a determinação para conduzir a sua
gestão com orgulho, na certeza de que contará com o nosso apoio, postando - se
ao lado da justiça, da honra, da fibra e da dignidade, virtudes que enobrecem
um Soldado de escol.
Valmir Fonseca
Azevedo Pereira é General de Brigada, reformado.
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