15/05/14 09:00 - Nacional | |
Sem-teto e grupos de oposição prometem atos em ao menos 50 cidades |
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Folhapress | |
Sem-teto, grupos contrários à realização da Copa e outros movimentos
sociais prometem
fazer nesta quinta-feira (15) protestos simultâneos em pelo menos 50 grandes cidades do país. As manifestações tem objetivos diversos, mas têm como ponto em comum a crítica, direta ou indireta, aos gastos públicos para a realização do Mundial no Brasil. Será, por essa razão, um termômetro do que poderá acontecer durante a competição, avaliam autoridades de segurança do governo federal e especialistas que acompanharam de perto os protestos do ano passado. Os protestos devem coincidir com greves de trabalhadores organizados por duas centrais sindicais. As manifestações, marcadas sobretudo para as capitais que sediarão a Copa, irão definir a estratégia dos órgãos de segurança para essas ações durante o evento. Segundo fontes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), da Presidência da República, o planejamento para a Copa poderá sofrer alterações a depender do comportamento e do poder de mobilização das manifestações desta quinta. O GSI considera que, sem a adesão da classe média, como ocorreu nos protestos de 2013 pela redução da tarifa de ônibus, os movimentos podem não decolar. Também vem sendo observada por eles a participação dos sem-teto. O governo avalia que o sinal de alerta deverá ser ligado caso as manifestações reúnam mais de 5.000 pessoas em cada uma das ações em São Paulo e no Rio. Em campo Nas avaliações até aqui, com o desembarque da classe média dos protestos, o protagonismo que vem sendo exercido pelos sindicatos e movimentos de moradia. Uma possível boa campanha da seleção é apontada como fator que pode enfraquecer os movimentos – assim como uma eliminação precoce pode fortalecê-los, segundo essa avaliação. Professora de relações internacionais da Unifesp, que acompanha as manifestações em São Paulo desde o ano passado, Esther Solano diz que será uma espécie de "inauguração" da agenda formal de protestos anti-Copa. Segundo ela, os grupos que protestam agora tem um grau de politização mais apurado do que os que participaram protestos do ano passado. "Há coletivos mais organizados, como os comitês contra a Copa, entidades de classes trabalhistas que estão exigindo melhorias salariais e os movimentos de moradia. Todos devem estar nas ruas." A Polícia Militar de São Paulo não acredita na possibilidade de confronto, já que o líder do movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, mantém contato frequente com o comandante-geral da PM, Benedito Meira. À tarde, em várias cidades do país haverá o ato chamado de Dia Internacional de Lutas contra a Copa. Sindicatos ligados a duas centrais também farão atos. Na Força Sindical, 15 mil metalúrgicos de São Paulo devem parar fábricas. Sem-teto, metalúrgicos e movimentos anti-Copa protestam em São Paulo Uma série de protestos fecharam importantes ruas e avenidas de São Paulo nesta quinta-feiraq (15). Organizado por movimentos sociais e sindicais, os atos têm como crítica os gastos com a Copa do Mundo, a estagnação econômica e também a política habitacional da cidade. Na zona leste, um grupo ligado ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) protesta próximo ao estádio do Itaquerão, palco onde acontecerá a partida inicial do mundial em junho deste ano. Os sem-teto também realizam atos nas zonas sul e no centro e fecham a marginal Tietê , sentido rodovia Ayrton Senna e marginal Pinheiros, na direção da rodovia Castello Branco. Metalúrgicos, em protesto à situação econômica do país, fecham o acesso a rodovia Anhanguera, no sentido interior. Eles também bloqueiam a ponte do Socorro, na zona sul e o triângulo das avenidas Arno, presidente Costa Pereira e Almeida Couto, na Mooca, na zona leste. Há também metalúrgicos, na avenida Jacú Pêssego. À tarde, em várias cidades do país haverá o ato chamado de Dia Internacional de Lutas contra a Copa. Sindicatos ligados a duas centrais também farão atos. Na Força Sindical, 15 mil metalúrgicos de São Paulo devem parar fábricas. "Muitas empresas do ramo eletroeletrônico, autopeças, montadoras e de outros setores estão em dificuldade, dando férias coletivas, com produção em baixa, querendo demitir , com poucos recursos e não podemos ficar parados. O Brasil precisa reduzir juros e ter uma política industrial efetiva. A presidente Dilma disse que o país está vivendo pleno emprego, mas estamos sem plena produção e investimentos", afirma Miguel Torres. Ainda na tarde desta quinta, está programado para acontecer na praça do Ciclista, na avenida Paulista, no centro de São Paulo um ato anti-Copa. A manifestação, batizada "Se não tiver moradias, não vai ter Copa", deve começar às 17h. O movimento costuma atrair "black blocs" - jovens que usam como tática de protesto a depredação de patrimônio público e privado. CPTM SUSPENDE GREVE Esta quinta-feira poderia ser marcada também por greve de funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). O protesto foi suspenso após a companhia aumentar proposta de reajuste salarial. Uma nova reunião já está marcada entre CPTM e os sindicatos da categoria para a próxima segunda-feira (19) para tentar sacramentar a proposta. Caso isso não ocorra, os ferroviários prometem cruzar os braços na próxima terça-feira. |
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quinta-feira, 15 de maio de 2014
Planalto vê protestos de hoje como termômetro para Copa
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