segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sobre o tráfico e consumo de drogas na Universidade Federal de Santa Catarina.Um pouco de bom senso,


                             8 de abril de 2014
 

 
Foi constrangedor assistir aos estudantes amotinados fumarem ostensivamente maconha, com ar de raiva e deboche em frente à reitoria e jogar fumaça e baseados na direção da imprensa.
 
Vou me reportar, leitores, a um fato ocorrido no dia 25 de março passado, quando o tráfico e consumo de drogas na Universidade Federal de Santa Catarina fizeram com que agentes da Polícia Federal entrassem no campus para investigação e prisões em flagrante. Eis aqui um posicionamento no mínimo diferente. 

Hoje, no nosso país, a arrasadora maioria das pessoas tem medo de se colocar como discordante da ideologia socialista do atual partido no poder, e que domina por completo as universidades públicas. Isso não foi gerado agora. Começou muito antes da ditadura militar. 

É uma formulação de pensares que está se tornando unanimista, monocórdica, repetitiva, enfadonha, previsível. Mas basta estudar um pouquinho a História da Civilização para chegar à constatação que esta ideologia foi a que mais matou seres humanos em todo século vinte. 

E o pior é que esta corrente, em tudo muito semelhante ao nazismo, que está sepulto, ao contrário, demonstra vigor surpreendente, especialmente na América Latina dominada e estupidificada. Somente pessoas muito esclarecidas possuem a coragem, até temerária, de discordar dessa patrulha terrível, que se infiltrou qual fétido miasma em toda nação brasileira, das palafitas aos palácios.

No dia seguinte aos acontecimentos na UFSC, quando estudantes e professores engajados impediram o trabalho da Polícia Federal, no seu combate às drogas, alguns talibãs apressaram-se em içar uma bandeira vermelha no lugar da bandeira verde e amarela. 


O viés totalitário, como na ilha dos irmãos tiranos, na Coreia do gordinho mau e no bolivarianismo risível de um Maduro quase podre, como também ali no campus, era o mote comum. Neste mesmo dia tive a oportunidade de ver, colocado pela imprensa como segurança da reitora, um indivíduo histriônico, patético até, de boina, camisa vermelha e calça jeans surrada, um verdadeiro guevara macunaímico. 

Estava em frente a uma grande porta, de braços cruzados, como um rambo proletário. Seria mesmo o segurança da reitora? Não creio. Ele está sempre presente nas manifestações, seja na UFSC, seja na ocupação do terreno chique do norte da ilha, seja nos terminais de ônibus, pobres ônibus, seja em frente à prefeitura com a turma da Rosa de Luxemburgo, e outras ocupações e badernaços mais. A PF irá enquadrá-lo, com certeza.

Sei também que a arrasadora maioria dos alunos da universidade não usa drogas e faz o seu curso de forma correta. Mas não tem voz. Voz possui uma minoria, sempre na mídia, que se traveste de maioria para induzir, ameaçar, doutrinar, intimidar, fumar maconha e consumir outras drogas. 

São uns duzentos, talvez trezentos, que participam de todas as manifestações e badernas fora da UFSC, onde a cartilha socialista se imponha. Não estão interessados em estudar, mas em transformar o mundo de acordo com a estupidez famélica de suas idéias indigentes. Afinal, Marx ainda é vedete. E isso não é novo; pelo contrário, sempre foi tão velho que chega a enfarar. Tão velho quanto as barricadas sartreanas da Paris conflagrada.

Fiz o curso de Pedagogia na Udesc na década de noventa, e lá também esta dominação esquerdista sempre se fez presente. Entupiram-me com Marx, Gramsci, Paulo Freire e Marilena Chauí. 

Qualquer pensador ou educador liberal nunca foi citado. Von Mises, Quayle, Roberto Campos, Carpeaux, Mário Ferreira passaram ao largo. Tinha que estudá-los por minha conta. Isso não me impede de dizer que os professores eram pessoas amigas e do mais alto gabarito. 

Mas tinham um currículo para passar aos alunos. Já o diretório, dominado pelo PC do B, fazia de tudo para tornar difícil a vida acadêmica de todos com manifestações extemporâneas, pedidos amalucados, como ônibus grátis para os alunos, moções de solidariedade a Cuba, que me faziam rir intimamente... Havia uma mocinha oestina, sempre engajada e falando com aquele sotaque ítalo-açoriano, que me devotava uma calculada ojeriza, pois eu era major da PM!... Se a olhasse bem diretamente nos olhos poderia quiçá ser petrificado por aquela medusa dos trópicos. Bons tempos!

Mas um fato aconteceu que bem demonstra o quanto podemos ser surrealistas, se não pensamos ou se nos deixamos envolver pelo fanatismo ideológico. Em certa ocasião, na faculdade, não tive tempo de colocar o paisano e fui às aulas fardado mesmo. 

Desarmado, é claro. Meus colegas e professores todos acharam normal, nem se tocaram. Foi quando me avisaram que o diretor da faculdade me chamava. Fui até a sala dele, o professor Otacílio Schuller Sobrinho, um caro amigo, escritor de renome, um dos fundadores da Academia Desterrense de Letras, onde ocupo a Cadeira 36. Com ele estava um guri do diretório que, infelizmente, não tive o cuidado de anotar o nome. O diretor me informou, meio sorrindo, que o aluno viera se queixar a ele por causa da minha farda. Que esta o deixava intimidado, constrangido. Surpreso, disse a ele que usaria a farda sempre que quisesse, e que ele fosse redigir as suas manjadas moções pro Cuba sem erro ortográfico. 

Schuller riu e nos dispensou. Depois me chamou à parte e justificou ter me convocado, para que eu tivesse a oportunidade de dizer algo ao preconceituoso. Interessante que este pessoal adora condenar preconceitos, mas o preconceito contra a farda é tanto que os deixa ensandecidos.

Outro detalhe: contesto a tal autonomia universitária, que permite à instituição esquerdizar seu currículo á vontade, embora hoje o Ministério da Educação tenha a mesma ideologia. Autonomia com dinheiro público? E o estudo grátis para os estudantes? Grátis não é, pois a universidade é sustentada à custa de impostos, a maioria escorchantes. 

E o povo que a paga, principalmente o mais humilde, possui filhos que a ela não têm acesso. Isso será correto? Penso que os estudantes poucos que não podem pagar diretamente, que o façam com trabalho no curso (lavar pratos na RU, por exemplo) ou trabalhar para o governo depois de formados, durante um período. Desse modo não se formariam de favor, como eu também me formei, apesar de ter sempre denunciado na faculdade esta gratuidade esdrúxula. 

Por que as outras instituições públicas não possuem também autonomia? O dinheiro, saído das generosas tetas republicanas, que por vezes secam dependendo da causa, é o mesmo.

E por que fazer uma operação policial contra drogas na favela é mais que louvável e na universidade ou na avenida Beira-mar não? Por que este privilégio? O crime é o mesmo. 

Foi constrangedor assistir aos estudantes amotinados fumarem ostensivamente maconha, com ar de raiva e deboche em frente à reitoria e jogar fumaça e baseados na direção da imprensa. São, repito, uma arrasadora minoria que enlameia a classe acadêmica. Se isso não é enlamear, não sei o que mais seria. O grande volume universitário se compõe de estudantes comprometidos com o seu curso, cujos pais não aprovam a atitude radical de uns poucos gatos pingados obcecados pela pretensa utopia. O delegado da Polícia Federal desautorizado no campus foi explícito. Usou as expressões bandalha, feudo, república de maconheiros, para se referir ao fato. Corajoso, já que sabe serem seus chefes também socialistas. 

Ouço muitos afirmarem que os dirceus, genoínos e dilmas eram jovens idealistas que pegaram em armas contra a ditadura militar, com o sonho da democracia. Este é o mais fenomenal e patético embuste apregoado aos quatro ventos nestas terras de gente de veias inertes. Eles lutavam contra uma ditadura, sim, mas com o sonho de instalar outra igual, ou pior, com cortes de cabelos obrigatoriamente ridículos e uso controlado de celulares, como ainda fazem seus pares em outras bandas.


E como arremate, que bom que as questões policiais na UFSC são atribuição da Polícia Federal. Esta é pelo menos mais respeitada que a PM, sempre alvo da sanha dos estudantes baderneiros militantes. 

Observe-se que a PM só entrou naquele imbróglio porque a PF pediu. Mas as pichações em frente à reitoria se voltaram todas contra a PM. Os barbudinhos têm verdadeira sanha obsessiva que talvez nem Freud explique. Odeiam e desprezam a instituição estadual militar com todas as forças de seu vermelho coração. Penso que o problema é a farda. Talvez preferissem uma KGB. Mas, tudo bem. 


Nós, militares estaduais, até não os odiamos, mas os desprezamos tal e qual. Isso não inclui a avassaladora maioria dos estudantes, muitos deles nossos filhos, parentes e amigos. Que Deus proteja a UFSC e a Polícia Militar. A PF garante.
 

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