terça-feira, 3 de junho de 2014

Oposição protesta contra insegurança em frente ao Planalto


Deputados do PSDB e do DEM colocam 600 cruzes para simbolizar 600 mil assassinatos ocorridos no país desde o início do primeiro governo Lula. Eles criticaram baixa execução orçamentária na área




Deputados discursaram em frente ao Planalto, em meio a cruzes e cartazes. Oposicionistas associam estatísticas da violência à baixa execução orçamentária

A oposição promoveu, nesta tarde (3), um ato contra a política de segurança pública do governo federal. Deputados do DEM e do PSDB colocaram 600 cruzes em frente ao Palácio do Planalto para simbolizar os 600 mil homicídios registrados no país desde 2003 – período que coincide com os governos petistas de Lula e Dilma. Também foram espalhados banners e cartazes com estatísticas sobre a violência no país.

Os oposicionistas responsabilizaram a gestão petista pela elevação das taxas de homicídio, que incluem o Brasil na lista dos dez países mais violentos do mundo. Eles criticaram as principais ações do governo federal na segurança pública e cobraram mais investimentos na área.

O discurso da oposição associa a violência à baixa execução orçamentária. Os deputados alegam que o governo investiu apenas 11% das verbas previstas no Fundo Penitenciário. Atualmente, segundo eles, só 13% dos recursos da segurança pública saem dos cofres da União. O restante é bancado por municípios e estados.

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), afirmou que o governo federal só aplica 40% de todo o orçamento previsto para a segurança pública. Já o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), disse que o governo Dilma aplicou apenas 36% dos R$ 10 bilhões previstos para o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), lançado em 2007. Segundo ele, somente 10% dos R$ 730 milhões previstos para o Fundo Nacional Antidrogas foram executados nos últimos três anos.

“Assistimos a uma completa omissão do governo em relação à política nacional de segurança. Não se vê nada também para controle da entrada de drogas e armas pelas fronteiras”, declarou Antonio Imbassahy. “O governo não consegue nem gastar o que está previsto no orçamento de segurança pública. O governo está na verdade é desprotegendo milhões de brasileiros”, criticou Mendonça Filho.

Divulgado recentemente pelo governo, o Mapa da Violência revela que 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012. O índice, de 29 homicídios para 100 mil habitantes, é o maior registrado pelo país desde 1980.


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