quinta-feira, 12 de junho de 2014

Kassab contraria o PSD e teima em seguir com Dilma. Azar do país.


Gilberto Kassab, presidente do PSD, é frio e calculista. Não pensa no país. Só pensa nos próprios interesses. Nem o seu partido está acima dos objetivos pessoais de ter uma grande bancada e ser, em 2018, talvez o candidato a vice-presidente daquele que tiver mais chance de vencer, seja ele Aécio Neves, Luis Inácio Lula da Silva ou Marina Silva. 
 
 
Sozinho, o cacique que não é de centro, nem de esquerda e nem de direita, está queimando uma grande chapa, com Aécio presidente e Henrique Meirelles como vice. Não importa que os seus correligionários estejam implorando que ele faça uma aliança com o PSDB, vendo Dilma derreter Brasil afora. 
 
 
Ele segue Dilma. Seu objetivo é estar com o pé em duas canoas ao mesmo tempo. Se der PT, ele está bem na foto. Se der PSDB, Serra garante a sua aproximação com o poder. A matéria abaixo é do Valor Econômico.

Assediado pelos partidos de oposição e pressionado internamente a apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) a presidente, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, descartou a possibilidade de o partido recuar na aliança com a presidente Dilma Rousseff. "Não admito sequer analisar a hipótese de abandonar a Dilma", disse ontem Kassab ao secretário-geral do partido, Saulo Queiroz.

Saulo é favorável ao apoio à candidatura de Aécio ou pelo menos que Kassab libere o PSD de compromisso na eleição presidencial. Com a recusa de Kassab, que insiste em manter a palavra empenhada a Dilma - foi o primeiro partido a anunciar apoio à presidente -, Saulo fez um apelo para que o ex-prefeito faça pelo menos uma aliança com o governador Geraldo Alckmin, em São Paulo.

Na avaliação do secretário-geral do PSD, se Kassab fizer aliança com Alckmin, "libera muita gente para apoiar nos Estados a candidatura do Aécio, mesmo que nacionalmente o tempo de televisão do partido fique com a presidente da República". "Ele mantém o compromisso com a Dilma e libera todos nós", disse Saulo Queiroz.

Em São Paulo, Kassab negocia simultaneamente com Alckmin e com o candidato do PMDB ao governo, Paulo Skaf. A tendência era que Kassab fechasse o acordo com Alckmin, saindo candidato a vice-governador. Para o Senado, sairia o ex-governador José Serra, pelo PSDB. 
 
 
Mas o bom desempenho de Paulo Skaf nas pesquisas levou um grupo de candidatos a deputado federal do PSD a pedir para Kassab prioridade na aliança com o pré-candidato do PMDB. 
 
 
Ocorre que a chapa do PMDB a deputado é mais fraca que a do PSDB. A aliança com Skaf, portanto, aumentaria as chances dos candidatos do PSD à Câmara dos Deputados. Kassab marcou a convenção do PSD para 25 de junho. A presidente Dilma confirmou sua presença.
 

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