Tribunal Eclesiástico de Goiânia investigará a conduta de um pároco que participou de cerimônia de casamento homossexual no mês passado. Ele está afastado das atividades
Publicação: 12/06/2014 07:36 Correio Braziliense
César Garcia disse que é amigo dos arquitetos Leo Romano e Marcelo Trento |
O arcebispo de Goiânia, dom Washington Cruz, afastou o padre César Garcia das atividades na Paróquia de São Leopoldo após o religioso participar da cerimônia de um casamento gay no último 20 de maio. O evento aconteceu na casa do casal de arquitetos Leo Romano e Marcelo Trento. Os dois são amigos do padre César Garcia. O pároco ficará suspenso até que a Igreja Católica conclua a investigação sobre o caso.
Fotografias do casamento em que o padre aparece foram postadas em redes sociais e causaram reações da ala mais conservadora da Igreja Católica. Em entrevista ao portal G1, o religioso atestou que esteve na cerimônia porque é amigo do casal. Ele contou que não usava batina e estava ali como uma pessoa comum. “Eles não pediram sacramento, não pediram nada disso, pediram apenas uma oração. Nada mais”, explicou. César Garcia afirmou que leu o Salmo 83 da Bíblia e proferiu um discurso sobre “a grandeza do amor e o respeito às pessoas”.
O caso está sendo investigado por meio de um processo canônico no Tribunal Eclesiástico de Goiânia, uma espécie de inquérito católico. O sacerdote fica afastado por tempo indeterminado até que todo o processo seja concluído. Após ser remetido ao Vaticano, o pároco pode ser suspenso ou até ser expulso definitivamente da Igreja Católica. César Garcia se defende alegando que a igreja não pode negar uma benção a ninguém. “Nós entendemos que todos somos filhos de Deus e merecemos uma benção. Não se nega benção a ninguém”, afirma.
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