A presidente Dilma Rousseff e o mandatário da Fifa, Joseph
Blatter, foram hostilizados durante e após a cerimônia de abertura da Copa do
Mundo, realizada nesta quinta-feira (12), no Itaquerão. Os torcedores gritaram "ei, Dilma, vai tomar no
c...", enquanto outros gritavam "ei, Fifa, vai tomar no c...". Os xingamentos à Dilma foram fortes, mas localizados.
Partiram perto da área VIP (uma das mais caras), onde o ex-governador José
Serra está. A hostilização não durou muito tempo.
No ano passado, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada por
milhares de torcedores, por três vezes, antes do Brasil vencer o Japão por 3 a
0, na abertura da Copa das Confederações. Na oportunidade, Blatter ficou constrangido e chegou,
inclusive, a explicitar esse incômodo, quando, ao discursar, perguntou para a
torcida: "Onde está o respeito, onde está o fair play?". Foi
novamente vaiado.
Por conta disso, a abertura da Copa do Mundo não será aberta
por discursos de Dilma e Blatter. Três crianças entrarão em campo e soltarão pássaros para o
alto, simbolizando a paz e a declaração de abertura do Mundial. O uso dos pombos na cerimônia de abertura foi a opção
encontrada pela Fifa e pelo COL (Comitê Organizador Local) após os dois
presidentes optarem por um papel discreto na festa. (Folha Poder)
Dilma xingada no Itaquerão.
A torcida, segundo Jamil Chade, do Estadão, fez aquele famoso coro para
Dilma Rousseff no Itaquerão: Dilma VTNC. Tá feia a coisa.
Bandeira anti-PT vira coqueluche.
Bandeira que está sendo distribuída gratuitamente aos torcedores,
próximo ao estádio da abertura da Copa. É, não está fácil pro PT e pra
Dilma.
Com popularidade em baixa e medo de vaias, Dilma é a primeira anfitriã de Copa do Mundo que não discursa na abertura.
Blatter e Zuma abrindo a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, no centro do gramado.
A presidente Dilma Rousseff não vai tomar a palavra quando
estiver no estádio em São Paulo hoje para a abertura da Copa do Mundo. A
declaração de que o evento está oficialmente aberto será feito em uma cerimônia
com jovens no meio do gramado.
Essa é a primeira Copa em anos que não é aberta oficialmente
pelo chefe de estado do país sede. Em 2013, a Copa das Confederações viu uma
ampla vaia quando Dilma tentou fazer seu discurso em Brasília. Joseph Blatter, presidente da Fifa, também não falará.
"Como ele pode falar se Dilma não fala", declarou Walter de Gregorio,
diretor de Comunicação da Fifa. Dilma, em reunião com jornalistas, indicou que
foi Blatter quem a pediu para não falar. Mas a Fifa insiste que a decisão foi
"compartilhada".
A abertura da Copa do Mundo terá uma presença fraca de
chefes de estado. Segundo o Palácio do Planalto, apenas oito presidentes ou
vice-presidentes aceitaram o convite feito por Dilma Rousseff a todo o mundo e
estarão em Itaquera.
A presidente brasileira receberá a presidente do Chile,
Michelle Bachelet, Evo Morales da Bolívia, Rafael Correa do Equador, José
Eduardo dos Santos de Angola, além dos presidentes do Paraguai e Suriname. Da
África virão o chefe de estado do Gabão e o vice-presidente de Gana. O
secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, também estará presente.
Para toda a Copa, serão 19 chefes-de-estado. "Muita
gente tinha anunciado, mas não foram confirmados", declarou Olimpio Cruz,
assessor do Palácio do Planalto. No total, 150 "convidados muito
especiais" estão sendo aguardados, como ministros e personalidades. Outros
1,3 mil convidados também estarão no local. (Estadão)
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