quinta-feira, 12 de junho de 2014

Brasil e seus governantes - sempre nos lembram palhaços; Da euforia quando a Fifa confirmou o Mundial no país, aos protestos e às obras inacabadas

BLOG PRONTIDÃO


Mundial no Brasil: E se passaram sete anos de atrasos e críticas de 2007 a 2014


“A bola está na cancha brasileira”. Era quinta-feira, dia 28 de setembro de 2006, quando o então presidente Lula recebeu no Palácio do Planalto um animado Joseph Blatter, presidente da Fifa. A regra de Blatter era clara: 

o Brasil só não faria a Copa do Mundo de 2014 se não quisesse. Único candidato a sediar o ainda distante Mundial, o Brasil de Lula - que seria reeleito um mês depois, com 60,57% dos votos válidos [sempre deve ser destacado que 60,57% dos votos válidos NÃO representa a metade dos eleitores; por uma alquimia do TSE os votos NULOS, em BRANCO e as ABSTENÇÕES NÃO SÃO CONSIDERADAS. 


Se somarmos os votos dados ao adversário do Ignorantácio Lula da Silva naquele segundo turno as VOTOS NULOS, em BRANCO e as ABSTENÇÕES o resultado representará MAIS de 50% do TOTAL DE ELEITORES.


Convenhamos que quem vota NULO, em BRANCO ou se ABSTÉM não está votando em nenhum dos candidatos, portanto, não votou, naquela eleição, $talinácio Lula.] derrotando em segundo turno o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin - era festejado no exterior, a economia ia bem e o escândalo do mensalão passava longe do presidente. 



NA COPA DAS CONFEDERAÇÕES, DILMA E BLATTER VAIADOS


 

 Joseph Blater e Dilma Roussef na abertura da Copa das Confederações, quando foram vaiados no estádio Mané Garrincha - Ivo Gonzalez/15-06-2013 / Agência O Globo


Temendo novas vaias a cérebro baldio optou por pronunciamento em rede nacional de Rádio e TV - no qual cometeu as asneiras habituais - e hoje irá ao Itaquerão apenas para declarar aberta a Copa da Petralhada

Na abertura da Copa das Confederações, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, a presidente Dilma passou pelo constrangimento de ser vaiada três vezes por milhares de torcedores. Ela estava ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que também foi vaiado. A primeira manifestação da torcida veio antes do início do jogo Brasil x Japão, quando foi anunciada a presença da petista.



“Ora, eu cansei de ir estádio para ver o Corinthians jogar. Nunca tivemos problemas em andar a pé. Anda a pé, vai descalço, vai de bicicleta, de jumento, de qualquer coisa. A gente está preocupado (sic) em ter metrô para ir até dentro do estádio? Mas que babaquice é essa?”. Lula, em maio de 2014, 

reagindo, em seu estilo, às críticas gerais ao atraso nas obras prometidas pelo governo para a Copa.



Um ano depois, surfando na onda de otimismo, veio a confirmação em Zurique, na Suíça: a Copa voltava a ser no Brasil, 64 anos depois. No discurso de agradecimento, o presidente prometeu: "Vocês verão a capacidade que teremos de construir bons estádios", "o Brasil saberá fazer a sua lição de casa".


Passada a euforia, era hora de trabalhar. E os problemas começaram a aparecer. Em 2010, com três anos de atraso, o governo lançou a Matriz de Responsabilidade da Copa. No cardápio, 12 estádios e 81 obras de infraestrutura e mobilidade urbana nas cidades-sede, que seriam o "grande legado" para o povo brasileiro. Mas as execuções passaram longe do gol. 


Do total previsto, 22 obras foram retiradas do planejamento nos anos seguintes. Mesmo com parte das obras inacabada, o custo da Copa das Copas já é o maior da História dos Mundiais: R$ 25,5 bilhões. 


Na construção dos estádios, foram contabilizadas nove mortes de funcionários. No rol das promessas não cumpridas, há ainda o trem-bala, que ligará o Rio a São Paulo. A garantia de que ele estaria pronto foi dada pela própria Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil de Lula.

A obra não foi sequer licitada, mas já custará pelo menos R$ 1 bilhão até o fim deste ano. Houve atrasos também na entrega dos estádios - apenas a Arena Castelão, em Fortaleza, e a Arena Pantanal, em Cuiabá, foram entregues no prazo estipulado pela Fifa -, dos aeroportos e das obras de mobilidade. 



Em junho de 2013, o país foi surpreendido por uma onda de protestos que demonstrou um mau humor generalizado - do qual o Mundial virou alvo, marcado pelo mote "Não vai ter Copa".  

Os dirigentes da Fifa, antes animados, começaram a criticar o Brasil e a temer a violência das manifestações. A prévia veio com a vaia a Dilma no Mané Garrincha, em Brasília, na abertura da Copa das Confederações. Às vésperas da abertura do Mundial, Dilma foi à TV: “Estamos prontos”. Vai ter Copa.

MUITOS RISOS NA SUÍÇA APÓS A ESCOLHA DO BRASIL
Em outubro de 2007, a Fifa de Joseph Blatter anunciou que o Brasil era o escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014. Os ventos sopravam a favor do então presidente Lula, que começava seu segundo mandato e levou para Zurique, na Suíça, uma grande delegação de políticos, ex-atletas e personalidades brasileiras. Mas o Brasil era o único país inscrito para receber o Mundial.


 
“Vocês verão no Brasil a capacidade que teremos de construir bons estádios. Estejam certos de que o Brasil saberá, orgulhosamente, fazer a sua lição de casa, realizar uma Copa para argentino nenhum colocar defeito”. Lula, em 30 de outubro de 2007. 



Em Zurique, diante de políticos, ex-jogadores e personalidades, no anúncio do Brasil como sede da Copa. Em 2010, com os atrasos nos preparativos, o então presidente ainda afirmou: “Se o Brasil não tiver condições, garanto que volto da África a nado”.

De 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar o Mundial, até 2010, pouco foi feito em termos de obras de infraestrutura nas 12 cidades-sede. Quase três anos depois do anúncio, começaram as obras em estádios e aeroportos, já com o prazo apertado. O aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, conseguiu cumprir o prazo e inaugurou o terminal 3 a tempo do início dos jogos.



“As coisas não estão funcionando. Muitas coisas estão atrasadas. O Brasil merece um chute no traseiro”. Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, em março de 2012. 


A mais de dois anos da Copa, o dirigente da Fifa perdeu a paciência depois de fazer muitas cobranças de maior celeridade nas obras de construção dos estádios e não ser ouvido. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, se queixou do tom da crítica, e Valcke acabou se desculpando. Mas as obras se mantiveram no passo de tartaruga, e as críticas continuaram.  


[Aldo Rebelo o campeão em recomendações bobas para o sucesso da Copa - uma delas foi garantir que nada ocorreria com os turistas, desde que: evitassem sair as ruas, evitassem carregar dinheiro e objetos de valor, evitassem locais onde estivesse ocorrendo manifestações, evitassem andar em favelas pacificadas e outras mais que somadas = não vão assistir aos jogos da Copa, permaneçam enclausurados nos hotéis e estarão seguros.]


Em junho de 2013, milhares de pessoas foram às ruas de todo o país. As pautas eram as mais variadas: contra o aumento da passagem, a favor de mais dinheiro para saúde e educação, e contra a Fifa e a Copa. O clima de euforia deu lugar à má vontade generalizada com as enormes quantias gastas no evento, e os dirigentes da Fifa passaram a criticar - e temer - a realização do Mundial.


“O Brasil acabou de se dar conta de que começou tarde demais. É o país com mais atrasos desde que estou na Fifa, e foi o que teve mais tempo, sete anos, para se preparar”. Joseph Blatter, presidente da Fifa, 

em janeiro deste ano Blatter fez sua crítica mais incisiva aos atrasos do Brasil na construção dos estádios e nas obras de mobilidade prometidas para a Copa do Mundo. Um tom bem diferente da animação demonstrada pelo cartola em 2007, quando afirmou: “O país que produziu os melhores jogadores do planeta, que tem cinco títulos mundiais, terá o direito, mas também a responsabilidade, de sediar a Copa em 2014”.



Em novembro do ano passado, um acidente no estádio do Itaquerão, em São Paulo, matou dois operários que trabalhavam na obra. A cobertura do estádio desabou de um guindaste e também destruiu parte da arquibancada. Em março deste ano, outro funcionário morreu. O acidente foi causado por um cabo de aço de comprimento insuficiente. Houve mortes em outros estádios.


“As obras que não ficarem prontas para a Copa ficarão prontas em agosto, setembro. E daí? Qual é o problema?”. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, em 3 de junho

 Numa tentativa de minimizar o fato de obras prometidas na Matriz de Responsabilidade da Copa não terem sido concluídas para o Mundial. Algumas semanas antes, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, desabafou


“Nunca na sua vida faça uma Copa e uma Olimpíada ao mesmo tempo. Isso fará a sua vida praticamente impossível”.

DEPOIS DE INAUGURADAS, OBRAS VOLTAM A DAR PROBLEMAS


Trabalhadores puxam água que se acumulou no saguão do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, após forte chuva - Carlos Vieira/03-06-2014 / Agência O Globo


Foi cogitado improvisar uma cobertura usando 'escudos' da Tropa de Choque da PMDF, alinhados um ao outro. Mas, prevaleceu utilizar o know-how dos 'movimentos sociais', entre os quais a quadrilha do MST, coordenados pelo 'gilbertinho'

Com as obras, o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, ganhou novas áreas que já estão em funcionamento. A nove dias do início da Copa, porém, uma forte chuva expôs a precariedade da nova estrutura. No saguão, formaram-se bolsões d’água no teto, e parte da área foi inundada. Houve problemas em obras de outros aeroportos.



“O Brasil venceu os principais obstáculos rumo à Copa. (...) Os pessimistas diziam que não teríamos Copa porque não teríamos estádios. Os estádios estão aí, prontos. Diziam que não teríamos Copa porque não teríamos aeroportos. Praticamente, dobramos a capacidade dos nossos aeroportos”. Dilma Rousseff, a dois dias da Copa, esquecendo que parte das obras está inacabada.

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