Estados da Bahia, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba e Ceará estariam na ‘lista negra’.
Governantes fluminenses na Convenção Nacional do PMDB: Rio estaria na
‘lista negra’
Passada a convenção que sacramentou o apoio do PMDB à reeleição da
presidente Dilma Rousseff, a ala ligada ao vice-presidente Michel Temer
está focada agora na construção do maior número de palanques governistas
possíveis país afora.
Mas já decidiu também que os infiéis não passarão
incólumes: a direção nacional pretende não repassar recursos para os
estados onde o partido estiver integralmente apoiando Aécio Neves (PSDB)
ou Eduardo Campos (PSB).
Na lista negra dos principais responsáveis
pela apertada margem que consagrou a aliança estão Bahia, Goiás,
Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba e Ceará...
Integrantes da ala vitoriosa na convenção do PMDB atribuem o resultado
apertado (59% dos votos a favor da aliança) aos problemas do partido na
formação de palanques estaduais em confronto com o PT.
Avaliam que a
rebelião inesperada foi um recado para o PT, que agora precisa fazer sua
parte e ceder em estados cruciais para Dilma: Ceará, Rio e Goiás. No
Rio, cobram a renúncia de Lindbergh Farias em favor de Pezão; em Goiás,
querem a renúncia de Paulo Garcia em favor de Íris Rezende; e no Ceará,
que o PT defina logo o apoio à candidatura de Eunício Oliveira ao
governo, sob pena de o líder do PMDB no Senado, que lidera a disputa num
patamar acima de 40% nas pesquisas, se aliar a Tasso Jereissatti, do
PSDB, e apoiar Aécio Neves.
— A questão estadual contaminou o resultado, e isso tem que ser revisto
pelo PT. Nós fizemos nossa parte. Agora cabe ao PT decidir se é mais
importante o projeto estadual ou reeleger Dilma. Vai haver reação nos
estados — disse o deputado Eliseu Padilha (RS), que está isolado no
apoio a Dilma no estado, contra uma chapa formada para apoiar Eduardo
Campos (PSB).
Sobre as traições, Padilha diz que Temer vai olhar para frente, pois é
preciso esquecer o que passou. Mas aliados de Temer avisam também que,
em estados como a Bahia, onde o PMDB de Geddel Vieira Lima vai apoiar
Aécio, os candidatos terão que viabilizar suas campanhas com o caixa da
oposição, e não do partido.
Fonte: MARIA LIMA E CRISTIANE JUNGBLUT - O Globo - 12/06/2014 - - 09:38:47
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